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Allan Kardec

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


VIDA



Não digas, coração, que a vida é triste,

Porque a vida é grandeza permanente

E a Natureza, em tudo, é um cântico de glória,

Desde o sol à semente.

Mágoas? Dizes que as mágoas lembram trevas,

Que nem de longe sabes entendê-las...

Contempla o céu noturno, revelando

Avalanches de estrelas.

Asseveras que os sonhos são feridas,

Quais picadas de espinhos agressores...

Fita o verde das árvores podadas,

Recobertas de flores.

Nos dias de aflição, ante a força das provas,

Recorda, na amargura que te oprime,

Que a ostra faz nascer do próprio seio em chaga

A pérola sublime.

Assim também, nas trilhas da existência,

Se choras sem apoio e caminhas sem paz,

Não te queixes do mundo... Serve, ama,

Espera e vencerás.

A vida!... Toda vida é luz eterna,

Escalando amplidões e buscando apogeus...

E a presença da dor, em qualquer parte,

É uma bênção de Deus.

Fonte: XAVIER, Francisco C. Antologia da espiritualidade. 5. ed. Rio de Janeiro:

FEB, 2002. Cap. 1, p. 11-12.

Maria Dolores


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