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Allan Kardec

quarta-feira, 7 de abril de 2010

REFORMADOR DE ABRIL 2010

                                                          www.divaldofranco.com
Trecho da entrevista
Reformador: Como foi seu primeiro encontro com Chico Xavier?

Divaldo: No mês de março de 1948, convidado pelo confrade Ederlindo Sá Roriz, a visitar Belo Horizonte, durante as minhas férias de funcionário autárquico – foi ele quem me induziu a proferir a primeira palestra na União Espírita Sergipana, no dia 27 de março de 1947, quando residia em Aracaju, e eu era seu hóspede – porque ele fora transferido com a família para a capital mineira, após aceitar-lhe o convite, em lá chegando, no dia imediato, tive a imensa alegria de conhecer o venerando médium Chico Xavier, em um encontro inolvidável. Já nos correspondía-mos epistolarmente desde alguns meses...
Naquela época, habitualmente, às terças-feiras, Chico Xavier visitava a família da dona Lucília Cavalcanti, viúva e fotógrafa, residente na Rua Tupinambás, no 330, térreo (“Foto Minas”), naquela cidade, a quem era profundamente vinculado, especialmente em razão do afeto espiritual que dedicava ao jovem Carlos Cavalcanti, que então fundara e dirigia a União das Mocidades Espíritas Nina Arueira. Às 17h, com um grupo de amigos, entre os quais, Ederlindo Sá Roriz, Arnaldo Rocha e José Martins Peralva Sobrinho, vimos chegar, procedente de Pedro Leopoldo, o afável amigo, que logo saltou e pôs-se a abraçar-nos a todos, que formávamos, à porta de entrada, um semicírculo... Jovialmente saudou-me e, segurando-me pelo braço, convidou-nos a adentrar na residência que lhe era querida.

Reformador: Esteve em outros eventos com Chico?

Divaldo: Sim. Estive ao lado dele em muitos eventos, dentre outros, em algumas das tardes noites de autógrafos em diversas cidades, assim como em atividades, nas quais eu deveria proferir conferência, como ocorreu em Uberaba, inúmeras vezes, em diversos auditórios, inclusive em comemorações muito especiais. Outrossim, por ocasião do recebimento do Diploma de Cidadão Uberabense, em 1980, que me foi concedido, cuja entrega ocorreu no ginásio da cidade, ele proferiu inolvidável palestra, aliás, como sempre o fazia nas atividades em que ambos participávamos, antes da conferência de agradecimento que me estava reservada. Igualmente, encontramo-nos por ocasião da proposta que apresentamos para que se tornasse candidato ao Prêmio Nobel da Paz 1981 – primeiro havendo falado com ele, que anuiu em receber a homenagem com vistas à divulgação do Espiritismo – no Rio de Janeiro, na respeitável Instituição Espírita Marieta Gaio, em São Cristóvão, com Augusto Cesar Vannucci e outros repórteres, no que resultou em memorável reportagem na revista Manchete. Recordo-me, também, do inesquecível encontro na quadra de esportes do Ginásio Caio Martins, em Niterói, quando ele foi agraciado com o Título de Cidadão Niteroiense, diante de grande público que repletava todo o imenso auditório. Naquela ocasião, ele teve a gentileza de deixar alguém à minha espera, na entrada, porquanto eu proferira uma conferência em Campos, naquele Estado, e após desincumbir-me do mister, viajei àquela cidade, exclusivamente para abraçá-lo, conforme combináramos antes por correspondência.
Também estive em alguns dos jantares beneficentes promovidos por Mercedes, em São Paulo, em favor dos irmãos portadores do “fogo selvagem” aos cuidados do Lar da Caridade, fundado por dona Aparecida Ferreira, há pouco desencarnada, dos quais ele participava anualmente, havendo eu proferido uma breve palestra, numa dessas ocasiões, no Clube Pinheiros, na capital paulistana.

Reformador: Há um livro psicografado por você e o Chico?

Divaldo: Sim, existe, e chama-se ...E o amor continua. É constituído de mensagens por nós ambos psicografadas e de autoria, respectivamente, dos Espíritos Emmanuel e Joanna de Ângelis, prefaciado pelo Espírito Dr. Bezerra de Menezes, através dele e deste servidor. Diversos outros livros de nossa lavra mediúnica foram honrados com prefácios por ele psicografados e ditados pelos Espíritos Rabindranath Tagore, Emmanuel, Dr.Bezerra de Menezes...

Reformador: O que mais lhe chama a atenção na vida luminosa de Chico Xavier?

Divaldo: Tudo, na sua existência, é rico de beleza e de espiritualidade. Desde criança, a sua vida é assinalada pela comunhão direta com os Espíritos nobres, sendo conduzido, passo a passo, pela sabedoria e austeridade do nobre Emmanuel, seu guia e amigo, até alcançar o clímax do ministério, após vencer longo percurso de sofrimentos e de renúncias, de abnegação e de sacrifícios, sem jamais queixar-se, nem reclamar. A sua humildade, posta à prova, mil vezes, é o testemunho mais nobre da sua grandiosa missão, que dele fez o verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Em todos os lances, portanto, da sua existência, em público ou na solidão, aplaudido ou tentado a ser empurrado para o ridículo, ele se manteve irretocável como uma estrela luminífera no velário da noite.

Reformador: Qual sua avaliação sobre a obra psicográfica de Chico Xavier?

Divaldo: É-me difícil aquilatar a grandeza da obra mediúnica de que foi instrumento o inesquecível apóstolo mineiro, porquanto não tenho capacidade intelectual para penetrar-lhe todo o conteúdo histórico, científico, religioso, ético-moral e filosófico. Do ponto de vista da autenticidade das mensagens por ele recebidas, às centenas, existem depoimentos de imortais da Academia Brasileira de Letras, de estudioso da caligrafia dos missivistas etc., não me atrevendo a penetrar nesse campo delicado e profundo. Nada obstante, conforme se
vêm confirmando inúmeras das informações nessa monumental obra, veiculadas, por cientistas de renome, que não têm nenhum contato com o Espiritismo, verificamos quão grandiosa e profética é a mesma. Ademais, encontra-se perfeitamente inte-grada no contexto da cultura hodierna com amplas possibilidades de entendimento no futuro, sem ferir nenhum dos paradigmas da Doutrina Espírita.

Reformador: Como avalia a missão do citado médium?

Divaldo: Chico Xavier é, sem qualquer possibilidade de dúvida, o apóstolo do Espiritismo, nos dois séculos: naquele em que nasceu e viveu, bem como no em que desencarnou, respectivamente, XX e XXI. Logrou alcançar o mediunato, conforme a expressão do Espírito Jeanne d’Arc, em O Livro dos Médiuns. Ele se tornou a própria missão, sendo muito difícil separar o homem do apóstolo e o missionário do irmão de todas as criaturas: vegetais, animais e humanas.

Reformador: Ao ensejo do Cente- nário de Chico Xavier, o que recomendaria aos espíritas?

Divaldo: Após o cuidadoso estudo da Codificação e das obras que lhe são complementares, sugeriria que todos mergulhás- semos o pensamento e a emoção no estudo cuidadoso e sistematizado das obras ímpares recebidas pelo excelente médium e abnegado servidor de Jesus. Aos médiuns, se me é permitido, sugeriria, também, que nele víssemos o exemplo máximo do poder da vontade contra as vicissitudes e os desafios, permanecendo fiel a Jesus e a Kardec, vivenciando a doutrina libertadora, sem alarde, sem fugas psicológicas, sem angústias, ricos da paz que o abençoado amigo deixava transparecer no semblante, mesmo nas horas mais graves da sua existência, e de que era portador, irradiando-a em favor de todos aqueles que se lhe acercavam.

RAUL TEIXEIRA


O tempo que passa nos encontra atados aos deveres, às lutas, às realizações, enfim, como um fardo pertinente à condição expiatória do nosso mundo. É por demais comum esse modo de pensar.
Quase sempre se assevera que o nosso é um mundo de dores e de lágrimas sofridas, ou que, na Terra, tudo tem odor de tragédia e de lamentação.
Pensa-se, comumente, que a situação provacional do planeta imponha aos seus habitantes a convivência obrigatória com as frustrações contínuas, com as decepções ou desencantos com que tantos se enredam pelos caminhos.
Acresce-se, no rol de agruras atribuídas ao Orbe, que a cada dia vai se tornando mais difícil ter amigos verdadeiros, nessa escalada crescente de perfídias e de insinceridades.
Lamentam-se as situações desastrosas em que se chafurdaram tantas instituições familiares, dando a impressão de que o lar está falido como construção social de base.
Entretanto, fazemos coro com outros inumeráveis corações que têm o olhar voltado para o hemisfério da esperança e que se ajustam às polaridades do otimismo.
Sem contestação, encontramos pelas avenidas planetárias toda essa onda de dores, de lágrimas sofridas como os nefastos episódios das traições, do abandono, do desmazelo para com o bem, o que configura um contexto por demais preocupante, no que se refere às visões do mundo futuro.
Não deveremos enganar-nos com relação a esses quadros lamentáveis, desenhados com as cores fortes das expiações e dos negativos comprometimentos. O que precisaremos considerar é que foi Jesus, o Cristo, que nos falou das bem-aventuranças alcançadas pelos que sofressem todas as agrestias terrestres com nobreza, embora os esporões de todas as árduas pelejas.
O futuro traria as bênçãos de felizes conquistas: de justiça, de fortuna moral, de consolo e de paz para todos os que conseguissem enfrentar com galhardia as torturantes provações com suas carências gerais.
Quando acompanhamos, com os olhos de ver, os acontecimentos humanos, conseguimos verificar a existência de famílias honradas, bem estribadas na ética do amor e do trabalho, oferecendo excelentes exemplos para toda a sociedade.
Achamos amigos plenamente identificados com a honestidade da convivência, estabelecendo parcerias embelezadas pelo sentimento da fraternidade.
Deparamos homens e mulheres operosos, dinâmicos, dedicados às leis de Deus de tal maneira que conseguem influenciar positivamente todos quantos se movimentem ao seu redor.
*   *   *
 O mundo que experimentamos na atualidade é o mesmo que elaboramos com nossos feitos e não-feitos, com nossa luz e nossa sombra, sem que nos déssemos conta de que deveríamos retornar aos seus proscênios, mais cedo ou mais tarde, a fim de operar as correções cabíveis em nosso roteiro.
O conhecimento haurido nas fontes do Espiritismo dá-nos a certeza de que ninguém é vítima sobre o solo planetário, senão de si próprio.
Urge substituamos as longas horas de lamentação, de lamúrias, de desesperação ou de depressão, pelas atitudes que sejam capazes de ensementar a terra complexa dos corações com as sementes formosas da dignidade de viver, da boa vontade no agir, da responsabilidade perante toda e qualquer atitude tomada.
Deus não instalaria os seus bem-amados filhos num campo juncado de misérias ou de deficiências e necessidades, se isso não fosse importante e indispensável ao seu progresso, se tudo não fosse exigência da lei de causalidade, em sua divina perfeição.
Quando olharmos o nosso mundo, embora toda a sombra que sobre ele se espalha, vejamo-lo como o nosso lar planetário, belo e próprio para que possamos dar conta dos compromissos que engendramos em tempos propínquos ou longínquos, embasados em nosso livre-arbítrio.
A Terra é uma das moradas do Pai a mover-se na imensidão. Tratemos de fazer o nosso melhor trabalho, abraçando os nossos irmãos que se encontrem em nosso derredor, a fim de que, juntos, unificados no amor e no anseio de crescer, logremos construir as pontes da fraternidade entre os corações, transformando em regenerador o tempo de dores expiatórias em que nos encontramos na Humanidade.
Olympia Belém
Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 6 de novembro de 2009, durante a reunião ordinária do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, DF.
Em 22.02.2010.

domingo, 4 de abril de 2010

Selo e moeda em homenagem a Chico Xavier


          A Casa da Moeda do Brasil fará um tributo ao médium Chico Xavier com o lançamento da Medalha Comemorativa do Centenário de Chico Xavier durante a abertura do 3º Congresso Espírita Brasileiro. Os Correios também prestarão tributo ao médium com um Selo Comemorativo e um cartão postal. No dia 16 de abril, tanto o selo quanto o cartão postal serão lançados nacionalmente durante a Sessão Solene de Abertura do 3º Congresso Espírita Brasileiro. Informações: www.100anoschicoxavier.com.br; www.febnet.org.br; 3congresso@febnet.org.br

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AVANÇOS


          Os meios de comunicação noticiam o sucesso obtido pelo Acelerador de Partículas instalado na Suíça, onde os cientistas conseguiram, depois de duas tentativas falhas, reproduzir os primeiros instantes do " BIG BANG ", a suposta explosão que teria dado origem ao Universo conhecido. Talvez algumas pessoas achem que os pesquisadores querem brincar de Deus. Eu não acho isso. É através de ousadias como essa que novas fronteiras de progresso se abrem para a humanidade. Até mesmo o cientista que diz-se materialista está a serviço do Criador para os novos surtos do progresso. E paulatinamente a ciência vai chegando até Deus.
          Novos desafios estimulam os cérebros de nossa civilização à medida que eles chegam a um certo ponto. Observam que sempre carecem de encontrar um nova resposta. Verificamos, alem disso, que a ciência caminha para penetrar cada vez mais na realidade do mundo invisível. A física mais moderna abriu uma janela e a curiosidade da ciência a empurra para dentro. Ela encontrará o espírito mais adiante.
          O Ocidente, mais uma vez, mostra sua vocação para a vanguarda da tecnologia e das ciências com o um todo. Se o Oriente é o grande cabedal de sabedoria espiritual milenar, os países ocidentais impulsionam o planeta no âmbito material. O equilíbrio de ambos os elementos trará a sabedoria e a implantação da Nova Era à Terra tão conflituosa. Aguardemos novas descobertas que hão de deixar perplexo qualquer criatura.
Frederico Menezes

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