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Allan Kardec

domingo, 23 de outubro de 2011

Testemunho de bom-senso, amor e perseverança


Este ano de 2011, para o Movimento Espírita, não é somente lembrado pelo Sesquicentenário de O Livro dos Médiuns, mas também pelos 150 anos do Auto-de-fé ocorrido em Barcelona, em 9 de outubro de 1861, oportunidade em que foram queimados, por ordem do Bispo daquela cidade, 300 livros espíritas, incluindo exemplares de O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O que é o Espiritismo.1

O registro desse fato, todavia, não se destaca apenas pela manifestação de intolerância, mas, acima de tudo, pelo exemplo de bom-senso, serenidade e perseverança de Allan Kardec, que se manteve seguro em sua ação, permanecendo no trabalho e reconhecendo nesse fato tão somente uma reação dos incomodados com o natural crescimento da novel Doutrina Espírita que começava a ser divulgada.

No ano seguinte de 1862, Kardec demonstraria o mesmo bom senso. Informado por espíritas de Lyon (França), sobre uma publicação que fazia acusações levianas e injustas à Doutrina Espírita e à sua obra, estes consultaram o Codificador sobre qual o caminho a tomar: se a resposta pela imprensa ou pelos tribunais. Allan Kardec respondeu objetivamente: pelo desprezo. E observou, ainda, que se a Doutrina Espírita e suas obras não tivessem feito nenhum progresso, ninguém se inquietaria e nada diriam.2

Estes exemplos do Codificador, que seguiram o exemplo de Jesus, injustamente humilhado e condenado à crucificação, e que pediu ao Pai que a todos perdoasse, já que não sabiam o que estavam fazendo, representam significativa referência para todos que militam no Movimento Espírita. Trabalhando voluntária, consciente e gratuitamente na difusão dos ensinos espíritas, visando pacificar o coração do ser humano e, por consequência, de toda a Humanidade, é natural que os espíritas enfrentem diuturnamente acusações, situações e procedimentos, os mais diversos, que visam ferir-lhes o ânimo e a sensibilidade, além de desviá-los do caminho reto da renovação interior que o Evangelho de Jesus, à luz do Espiritismo, nos oferece. Nesses momentos de testemunho, tenhamos por referência os exemplos deixados por Jesus e Kardec, permanecendo concentrados no trabalho libertador, que promove o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita, e prossigamos amando e ajudando, cada vez mais e melhor, a Humanidade inteira.

Referência:
1KARDEC, Allan. Revista espírita: jornal de estudos psicológicos, ano 4, p. 465, nov. 1861. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 3. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.
2______.Viagem espírita de 1862 e outras viagens de Allan Kardec. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. p. 16.


sábado, 22 de outubro de 2011

Transformação Íntima


Tendências viciosas como impulsos para a virtude procedem, sim, do Espírito, agente determinante do comportamento humano.

Não podendo a organização celular definir estados psicológicos e emocionais, estes obedecem às impressões espirituais de que se encharcam, exteriorizando-se como fatores propelentes para uma ou outra atitude.

Destituída de espontaneidade, exceto dos fenômenos que lhe são inerentes, graças aos automatismos atávicos, a matéria orgânica é resultado das aquisições eternas do Espírito que dela se veste para as experiências da evolução.

A hereditariedade vigente nos mapas dos genes e dos cromossomas encarrega-se de transmitir inúmeros caracteres morfológicos, fisiológicos, sem exercer preponderância fundamental nos arcabouços psicológicos e morais, que pertencem ao ser espiritual, modelador das necessidades inerentes ao progresso e fomentador dos recursos que se lhe fazem indispensáveis a esse processo de crescimento a que se destina.

Descartar-se o valor dos implementos espirituais nos fenômenos comportamentais do homem, é uma tentativa de reduzi-lo a um amontoado de tecidos frágeis que o acaso organiza e desmantela ao próprio talante.

A vida pessoal escreve nas experiências de cada ser as diretrizes para as suas conquistas futuras.

Vícios e delitos ignóbeis, virtudes sacrificiais e abnegação, pertencem à alma que os externa nos momentos hábeis conforme o seu estágio evolutivo.

Vicente de Paulo e Francisco de Sales, fascinados pelo amor aos infelizes, liberaram as altas forças que lhes jaziam inatas, a serviço da caridade e da dedicação sem limite.

Ana Nery e Eunice Weaver, sensibilizadas pelo sofrimento humano, esqueceram-se de si mesmas e dedicaram-se, a primeira, aos combatentes feridos, e a segunda, à salvação dos filhos sadios dos hansenianos.

Eichmann e inúmeros carrascos nazistas acariciavam, comovidos, os filhinhos, após enviarem, cada dia, milhares de outras crianças e adultos aos fornos crematórios em inúmeros lugares dos países subjugados.

Tamerlão incendiava as cidades conquistadas, após degolar os sobreviventes, para depois dormir tranqüilo ao lado daqueles a quem amava.

Homens e mulheres virtuosos, sempre revelaram o alto grau de amor que lhes jazia em latência, da mesma forma que sicários e criminosos sanguissedentos deixaram transparecer a crueldade assassina desde os primeiros anos de infância...

As exceções demonstram o poder da vontade, que é manifestação do Espírito, quando acionada, propelindo para uma ou para outra atitude.

O hábito vicioso arraigado remanesce, impondo de uma para outra reencarnação suas características, assim impelindo o homem para manter a sua continuidade.

Da mesma forma, os salutares esforços no bem e na virtude ressumam dos refolhos da alma, e conduzem vitoriosos aos labores de edificação.

Toda ação atual, portanto, tem as suas matrizes em outras que as precedem, impressas nos arquivos profundos do ser.

Estás, na Terra, com a finalidade de abrir sepulturas para os vícios e dar asas às virtudes.

Substituindo o mau pelo bom hábito, o equivocado pelo correto labor, corrigirás a inclinação moral negativa, criando condicionamentos sadios que se apresentarão como virtudes a felicitar-te a vida.

Teus vícios de hoje, transforma-os, no teu mundo íntimo, em virtudes para amanhã ao teu alcance desde agora.

Libera-te pois, com esforço e valor moral, do mau gênio que permanece dominador, das paixões perturbadoras que te inquietam, e renova-te para o bem, pelo bem que flui do Eterno Bem.




Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Vigilância

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Estreia hoje dia 07 de outubro O Filme dos Espíritos

Estreia, no dia 7 de outubro, O Filme dos Espíritos. O longa é baseado na obra de mesmo nome, escrita por Allan Kardec em 1857, e conta a trajetória de um homem que, em conflito, se depara com “O Livro dos Espíritos” e começa uma jornada de transformação interior rumo aos mistérios da vida espiritual e suas influências no mundo. Informações sobre o filme: www.mundomaiorfilmes.com.br

FOLHA ESPÍRITA Nº 32


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