Este ano de 2011, para o Movimento Espírita, não é somente lembrado pelo Sesquicentenário de O Livro dos Médiuns, mas também pelos 150 anos do Auto-de-fé ocorrido em Barcelona, em 9 de outubro de 1861, oportunidade em que foram queimados, por ordem do Bispo daquela cidade, 300 livros espíritas, incluindo exemplares de O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O que é o Espiritismo.1
O registro desse fato, todavia, não se destaca apenas pela manifestação de intolerância, mas, acima de tudo, pelo exemplo de bom-senso, serenidade e perseverança de Allan Kardec, que se manteve seguro em sua ação, permanecendo no trabalho e reconhecendo nesse fato tão somente uma reação dos incomodados com o natural crescimento da novel Doutrina Espírita que começava a ser divulgada.
No ano seguinte de 1862, Kardec demonstraria o mesmo bom senso. Informado por espíritas de Lyon (França), sobre uma publicação que fazia acusações levianas e injustas à Doutrina Espírita e à sua obra, estes consultaram o Codificador sobre qual o caminho a tomar: se a resposta pela imprensa ou pelos tribunais. Allan Kardec respondeu objetivamente: pelo desprezo. E observou, ainda, que se a Doutrina Espírita e suas obras não tivessem feito nenhum progresso, ninguém se inquietaria e nada diriam.2
Estes exemplos do Codificador, que seguiram o exemplo de Jesus, injustamente humilhado e condenado à crucificação, e que pediu ao Pai que a todos perdoasse, já que não sabiam o que estavam fazendo, representam significativa referência para todos que militam no Movimento Espírita. Trabalhando voluntária, consciente e gratuitamente na difusão dos ensinos espíritas, visando pacificar o coração do ser humano e, por consequência, de toda a Humanidade, é natural que os espíritas enfrentem diuturnamente acusações, situações e procedimentos, os mais diversos, que visam ferir-lhes o ânimo e a sensibilidade, além de desviá-los do caminho reto da renovação interior que o Evangelho de Jesus, à luz do Espiritismo, nos oferece. Nesses momentos de testemunho, tenhamos por referência os exemplos deixados por Jesus e Kardec, permanecendo concentrados no trabalho libertador, que promove o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita, e prossigamos amando e ajudando, cada vez mais e melhor, a Humanidade inteira.
Referência:
1KARDEC, Allan. Revista espírita: jornal de estudos psicológicos, ano 4, p. 465, nov. 1861. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 3. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.
2______.Viagem espírita de 1862 e outras viagens de Allan Kardec. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. p. 16.
O registro desse fato, todavia, não se destaca apenas pela manifestação de intolerância, mas, acima de tudo, pelo exemplo de bom-senso, serenidade e perseverança de Allan Kardec, que se manteve seguro em sua ação, permanecendo no trabalho e reconhecendo nesse fato tão somente uma reação dos incomodados com o natural crescimento da novel Doutrina Espírita que começava a ser divulgada.
No ano seguinte de 1862, Kardec demonstraria o mesmo bom senso. Informado por espíritas de Lyon (França), sobre uma publicação que fazia acusações levianas e injustas à Doutrina Espírita e à sua obra, estes consultaram o Codificador sobre qual o caminho a tomar: se a resposta pela imprensa ou pelos tribunais. Allan Kardec respondeu objetivamente: pelo desprezo. E observou, ainda, que se a Doutrina Espírita e suas obras não tivessem feito nenhum progresso, ninguém se inquietaria e nada diriam.2
Estes exemplos do Codificador, que seguiram o exemplo de Jesus, injustamente humilhado e condenado à crucificação, e que pediu ao Pai que a todos perdoasse, já que não sabiam o que estavam fazendo, representam significativa referência para todos que militam no Movimento Espírita. Trabalhando voluntária, consciente e gratuitamente na difusão dos ensinos espíritas, visando pacificar o coração do ser humano e, por consequência, de toda a Humanidade, é natural que os espíritas enfrentem diuturnamente acusações, situações e procedimentos, os mais diversos, que visam ferir-lhes o ânimo e a sensibilidade, além de desviá-los do caminho reto da renovação interior que o Evangelho de Jesus, à luz do Espiritismo, nos oferece. Nesses momentos de testemunho, tenhamos por referência os exemplos deixados por Jesus e Kardec, permanecendo concentrados no trabalho libertador, que promove o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita, e prossigamos amando e ajudando, cada vez mais e melhor, a Humanidade inteira.
Referência:
1KARDEC, Allan. Revista espírita: jornal de estudos psicológicos, ano 4, p. 465, nov. 1861. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 3. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010.
2______.Viagem espírita de 1862 e outras viagens de Allan Kardec. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. p. 16.