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Allan Kardec

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Natal Fraterno do Centro Espírita Jesus Nazareth

É sempre assim. Muito trabalho, muito esforço, muita amizade e sorrisos que no final cumina com a sastisfação de todos. O Centro Espírita JESUS DE NAZARÉ todos os anos termina oficialmente as suas atividades do ano com o NATAL FRATERNO, que é um dos seus projetos colocado em Prática há décadas. Podemos lembrar eternos baluartes da Doutrina que estão no andar de cima como FERNÃO DIAS, JOSÉ BASÍLIO, MIRIAM TOURINHO. Nossas saudades e eterna gratidão.

A versão 2009 do Natal Fraterno da instituição foi satisfatória. Uma multidão de pessoas foi beneficiada com os presentes e quentinhas (Jantar) muito bem elaboradas pelas conzinheiras ( voluntária) e pelos "soldados" se plantão. Os comerciantes de Itaporanga estão de perabéns, os voluntátios, os trabalhadores da casa espírita . É uma sensação de alegria e dever cumprido que finaliza o ano de estudos, palestras, cursos, encontros e muita felicidade na casa Espírita. A família espírita unida e "comandada" pelo incansável VICENTE TOBIAS que não envidou esforços em fazer com que mais uma vez o nosso JANTAR FRATERNO ANUAL fosse um sucesso,

Um dos pontos alto do evento foi o almoço de confraternização dos trabalhadores do CEJN. realizado antes dos preparativos da festa. A família espírita estava unida, se confraternizando agradecendo a Deus, por intermédio do MESTRE JESUS, as vitórias conquistadas, as alegrias sentidas,os obstáculos suplantados, mas também as dores do caminho que também são ferramentas da nossa evolução.

Um momento de alegria foi quando o PAPAI NOEL ( Titico Pedro, trabalhador incansável do bem) e a matrona no evento MAMÃE NOEL ( Maria de Seu Fernão)- todos à caráter - distribuíram presentes às crianças. Foi uma euforia e alegria sem par. O Papai Noel e a Mamãe Noel são simbólos do Natal e por mais que você tente explicar às crianças de que são modelos comerciais e eles não existem, os mesmos não acreditam na argumentação e dizem que eles existe. "SIM!". Está na sua imaginação e no lúdico da criança. Um velhinho bondoso que distribui presentes a todas as criancinhas. Isso não vai terminar nunca. É satisfatório ver o brilho em seus olhares.


Eu queria fazer uma homenagem a todos os trabalhadores da casa que propiciaram um momento de magia aos que estão à margem da sociedade, mas não há espaço . Mas todos estão felizes com o trabalho realizado e Jesus contente com essa parcela de cristão que todos os anos arrancam sorrisos da criançada.







FELIZ NATAL ( Todos os dias!) e UM VENTUROSO 2010 DE MUITO TRABALHO NO BEM .

portalvale.blogspot.com

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Comunicado

Amigos(as)

CONHEÇAM UM POUCO DO ESPIRITISMO EM ÁFRICA SINTONIZANDO O PROGRAMA ESPÍRITA DE RÁDIO LUZ DA MANHÃ!

No próximo sábado, dia 05/12/2009 das 7h30 às 9h (hora de Brasília), o programa espírita de rádio Luz da Manhã, produzido pela Obras Sociais do Centro Espírita Maria Madalena de Planaltina/DF apresentará, além de diversas atrações (Mensagens, Reflexões, Dicas para Reforma Íntima, Músicas e o Culto do Evangelho no Lar), uma entrevista imperdível realizada em Luanda/Angola com João Gil, angolano, trabalhador da Sociedade Espírita Paz e Fraternidade de Luanda, que falará sobre o 3º Encontro Fraterno Auta de Souza realizado naquele país e sobre o movimento Espírita em África.



Para acessar sintonize o site: www.dissonante.org, em seguida clique Utopia FM e ouça o programa em tempo real.



Comentários, críticas e sugestões enviar para o e-mail: luzdamanha@cemanet.org.br.



SINTONIZE A PROGRAMAÇÃO DE ENTREVISTAS PARA DEZEMBRO/2009 ABAIXO:

1. No dia 05/12, entrevista realizada em Angola com João Gil sobre o 3º EF Auta de Souza em Luanda e sobre o movimento Espírita em África – Programa 1;

2. No dia 12/12, entrevista realizada em Angola com a caravana de Castro/PR sobre o 3º EF Auta de Souza em Angola e sobre a realização da 54ª CONCAFRAS-PSE em fevereiro de 2010 na cidade de Castro no Paraná – Programa 2;

3. No dia 19/12, entrevista com trabalhador da CONCAFRAS-PSE sobre o tema “O verdadeiro Natal”;

4. No dia 26/12, entrevista com Célio Borges sobre o tema “Ano novo, vida nova.”

PROGRAMA LUZ DA MANHÃ: AMOR E SABEDORIA NA SUA SINTONIA!
Muita paz a todos.

Murilo Brito

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A história de júlio (Final)




“Como sou grato a eles!”, exclamei após recordar tudo.

“Tia” Suely sorriu e olhando-me fixamente elucidou-me:

“Aprende com eles, Júlio, a maior lição que tentaram lhe dar. Amar! E seja grato, muito grato, a gratidão é uma demonstração do amor. Ingrato, pode perder a ligação com os seus benfeitores, ficando mais difícil receber benefícios. Grato, fortifica o laço de carinho que esses dois espíritos nutrem por você.”

“Será que um dia poderei retribuir a eles um décimo do que fizeram por mim?”, indaguei-a.



“Creio que os dois não necessitam da ajuda que você pode lhes dar. Seus pais são espíritos bondosos que em muitas encarnações têm seguido o caminho do bem e do conhecimento. Para eles só sua gratidão, seu amor, é o suficiente. Mas, Júlio, a vida lhe dará muitas outras oportunidades de fazer o bem, fazendo a outros, faz a si mesmo e consequentemente àqueles que nos amam, que querem nosso progresso.”

“Sou muito inferior a eles para ajudá-los...

“Não faça comparações!”, continuou Suely a elucidar-me. “Todas me parecem injustas. Pense neles como alguém que ama e que quer vê-lo bem. Quando você, socorrido, necessitou encarnar, eles se ofereceram para serem seus pais novamente. Não precisariam eles passar pelo que passaram, ter um filho doente e sofrer com a sua desencarnação precoce. Mas o amaram tanto que não quiseram você num lar estranho. Preferiram passar tudo, mas com você junto deles.”

Abaixei a cabeça, senti muito ter sido ingrato. Almejei seguir seus exemplos. Suely, lendo meus pensamentos, concluiu:

“Isso, Júlio, faça do exemplo deles a meta da sua vida. E não pense que esse período em que você esteve com eles lhes foi tão sacrificial. Aqueles que amam não vêem sacrifícios. Tiveram que modificar um pouco a vida deles quando você nasceu. Seus pais eram professores universitários e programaram horários diferentes de trabalho para que sempre um deles pudesse estar com você. Fizeram de tudo para melhorar seu estado e lhe dar conforto. São adeptos do Budismo, conhecem a reencarnação. Viram em você um espírito reencarnante necessitado de carinho e amor. Aproveitaram esse período difícil por que passaram, aprenderam muito, tornaram-se mais religiosos e estudiosos espirituais. Não tiveram sofrimentos-débito, mas crédito diante das Leis Divinas. Quando você desencarnou recentemente, tudo fizeram para ajudá-lo. Hoje, estão tranquilos em relação a você, sabem que está bem e, se quiser fazer algo por eles, seja o que eles lhe desejam.”

“Eles desejam que eu seja feliz!”, exclamei.

“Simples?”, indagou Suely, sorrindo.

“Não posso ter dó de mim nem remorso, isso gera inquietude e insatisfação. Quero ser útil, aprender e fazer o que eles querem, o que desejam para mim.”

Suely apertou minha mão e retirou-se, fiquei sozinho e fiz um propósito de melhorar, de ser como eles, e tenho conseguido. O amor deles me sustenta!

* * *
Ter um filho deficiente mental pode parecer sofrimento a muitas pessoas. Creio que é trabalhoso. Mas para muitos pais não é uma coisa nem outra. É estar perto daquele que amam. Encontrei muitos que agiram, agem como os pais de Júlio. Que amam tanto o espírito que necessita desse aprendizado que reencarnam para ajudá-lo, fortalecendo os laços desse afeto verdadeiro.

O personagem deste capítulo teve uma paralisia. É o nome que se dá a uma sequela de doença neurológica. Pode ser paralisia total ou parcial, com ou sem outros distúrbios de fala, audição, visão etc. A causa pode ser trauma de parto, congênito ou genético.

Júlio aprendeu a ser grato e, quando cultivamos a gratidão, nada nos parece injusto, e as ingratidões não nos atingem, porque tudo o que fazemos é por amor e sem esperar recompensas. Devemos lembrar só o que de bom recebemos e esquecer todo o mal. Os pais de Júlio não só devem ser exemplo a ele, mas a todos nós.

Vimos na história real de Júlio uma infeliz reação das muitas que podem acontecer aos que abusam do corpo perfeito, danificando-o com tóxicos, envenenando até seu perispírito, gerando muito sofrimento.

Há tempos atrás, quando Júlio em sua encarnação anterior desencarnou pelas drogas, elas não eram tão influentes como hoje. Tenho visto muitos imprudentes se viciarem, comprometendo-se muito espiritualmente. Os tóxicos existem, e ai de quem deles abusar.

(Comentários do Espírito Antônio Carlos)


Retirado do livro “Deficiente mental, porque fui um?” (Cap. 2) - Ditado por diversos espíritos - Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck Carvalho - Editora Petit

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SEMI-FINAL À VISTA




SEMI- FINAL Á VISTA


( Reynollds Augusto)


No próximo domingo dia 13 de dezembro pelas 8:30 h da manhã acontecerá a semi-final do primeiro campeonato da paz onde as equipes se enfrentarão em que dois times serão classificados para a final, que acontecerá no dia 20 de dezembro ,dia do encerramento das atividades do ano. São estas as seguintes equipes que se enfrentarão:


1
- JOANA DE ANGELIS: Reynollds,Ivanildo, Daniel e Joaquim


2- CHICO XAVIER: Manoel, Bruno, Artur e Gean


3- ANDRÉ LUIZ: Zé Jackson,, Anderson,Fabrício e Leonardo


4- ALLAN KARDEC: Nivaldo, Cícero, Wesley e Sebastião


5- AUTA DE SOUSA: Kelson, Kleber, Renan, Diego


6- BEZERRA DE MENESES: Cícero,Zé Lucas, Isac e Manoel

Estudo da Alma 3° Parte


O que é o Espiritismo - Cap. II, item 9, 10 e 14 - (obra codificada por Allan Kardec).

9. Quando a alma está ligada ao corpo, durante a vida, tem duplo envoltório: um pesado e grossei-ro e perecível, que é o corpo; o outro fluídico, leve e indestrutível, chamado perispírito.

10. Existem, portanto, no homem, três elementos essenciais:

1 . A alma ou Espírito, princípio inteligente onde residem o pensamento, a vontade e o senso mo-ral;
2 . O corpo, envoltório material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior;
3. O perispírito, invólucro fluídico, leve, imponderável, servindo de liame e de intermediário entre o Espírito e o Corpo.”

14. A união da alma, do perispírito, e do corpo material constitui o homem. A alma e o perispírito separados do corpo constituem a ser a que chamamos Espírito.

NOTA DE ALLAN KARDEC referindo-se aos itens acima citados:
• A alma é assim um ser simples;
• O Espírito um ser duplo, e
• O homem um ser triplo.

Seria portanto mais exato reservar a palavra alma para designar o princípio inteligente, e a palavra Espírito para o ser semimaterial formado desse princípio e do corpo fluídico. Mas como não se pode con-ceber o princípio inteligente sem ligação material, as palavras alma e Espírito são, no uso comum, indife-rentemente empregadas uma pela outra; é a figura que consiste em tomar a parte pelo todo, da mesma forma que se diz que uma cidade é habitada por tantas almas, uma vila composta de tantas casas; porém, filosoficamente é essencial fazer-se a diferença.

Revista Espírita (Jornal de Estudos Psicológicos publicado sobre a direção de Allan Kardec),
Ano VII, maio de 1864, pág. 138 e 139 - EDICEL.

As palavras alma e Espírito, posto que sinônimos e empregados indiferentemente, não exprimem exatamente a mesma idéia. A alma é, a bem dizer, o princípio inteligente, imperceptível e indefinido co-mo o pensamento. No estado dos nossos conhecimentos, não podemos concebê-lo isolado da matéria de maneira absoluta. Posto que formado de matéria sutil, o perispírito, dele faz um ser limitado, definido e circunscrito a sua individualidade espiritual. De onde se pode formular esta proposição:

• A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o HOMEM;
• A alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado ESPÍRITO.

Nas manifestações espíritas não é, pois, a alma que se apresenta só; esta sempre revestida de seu envoltório fluídico; esse envoltório é o necessário intermediário, através do qual ela age sobre a matéria compacta. Nas aparições não é a alma que se vê, mas o perispírito; do mesmo modo que quan-do se vê um homem vê-se seu corpo, mas não o pensamento, a força, o princípio que o faz agir.

Em resumo,

• A alma é um ser simples, primitivo;
• o Espírito o ser duplo e
• o homem o ser triplo.

Se se confundir o homem com roupas, teremos um ser quádruplo. Na circunstância de que se tra-ta, o vocábulo Espírito é o que melhor corresponde à coisa expressa. Pelo pensamento representa-se um Espírito, mas não se representa uma alma.

Anúncio Divino



“Pois na cidade de David, nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lucas: 2-11)

A palavra do Anjo aos pastores continua vibrando sobre o mundo, embora as sombras densas que envolvem as atividades dos homens.

Como aconteceu, há dois mil anos, a Espiritualidade anuncia que nasceu o Salvador.

Onde se encontram os que desejam a luminosa notícia?

Nas cidades e nos campos, há multidões atormentadas, corações inquietos, almas indecisas.

Muita gente pergunta pela Justiça do Céu.

Longas fileiras de criaturas procuram os templos da fé, incapazes, porém, de ouvir o anúncio Divino.

A família cristã, em grande parte, experimenta a incerteza dos mais fracos.

Muitos discípulos cuidam somente de política, outros apenas de intelectualismo ou de expressões sectárias.

Entretanto, sem que o Cristo haja nascido na “terra do coração”, a política pode perverter, a filosofia pode arruinar, a seita é suscetível de destruir pelo veneno da separatividade.

A paisagem humana sempre exibiu os quadros escuros do ódio e da desolação.

No longo caminho evolutivo, como sempre, há doentes, criminosos, ignorantes, desalentados, esperando a Divina Influência do Mestre.

Muitos já ouviram ou pregaram as mensagens do Evangelho, mas, não desocuparam o coração para que Jesus os visite.

Não renunciaram às cargas pesadas de que são portadores e, cedo ou tarde, dão a prova de que, nos serviços da fé, não passaram de ouvintes ou transmissores.

No íntimo, não obstante a condição de necessitados, guardam, ciosamente, o material primitivista do “homem velho”.

Esquecem-se de que Jesus é o amigo renovador, o Mestre que transforma.

Os séculos transcorrem. As exigências de cada homem sucedem-se no caminho terrestre.

E a Espiritualidade continua convidando as criaturas para as esferas mais altas.

Bendito, assim, todo aquele que puder ouvir a voz do anjo que ainda se dirige aos simples de coração, sentindo entre as lutas terrestres, que o Cristo nasceu hoje no país de sua alma.


Emmanuel
(In: 'Mentores e Seareiros' - Francisco Cândido Xavier)


Orando no Natal


Senhor!


Enquanto vibram as emoções festivas e muitos homens se banqueteiam, evocando aquele Natal que Te trouxe à Terra, recolhemo-nos em silêncio para orar.


Há tanta dor no mundo, Senhor!


Os canhões calam os seus troares, momentaneamente, as bombas destruidoras cessam de cair por alguns instantes, nos países em guerra, enquanto nós oramos pelos que mercantilizam vidas, fomentando conflitos e beligerâncias outras;


pelos que escorcham as populações esfaimadas sob leis impiedosas e escravizantes;


pelos que se comprazem, como se fossem abutres em forma humana, com a renda nefanda das casas do comércio carnal;


pelos que exploram os vícios e acumulam usuras com o fruto da alucinação dos obsidiados ignorantes da própria enfermidade;


pelos que malsinam moçoilas e rapagotes inexperientes, deslumbrados com o fastígio mentiroso da ilusão;


pelos que difundem a literatura perversa e favorecem a divulgação da criminalidade;


pelos que fazem enlouquecer, através dos processos escusos, decorrentes da cultura que perverte mentes e corações;


pelos que se locupletam com as moedas adquiridas mediante o infanticídio hediondo;


pelos que dormem para a dignidade e sorriem nos pesadelos do torpor moral, que os invadem!


Senhor!


Diante das crianças tristonhas e dos velhinhos estropiados, dos enfermos ao abandono e dos atormentados à margem da sociedade, lembramo-nos de rogar por todos eles, mas não nos esquecemos de Te suplicar pelos causadores da miséria e do infortúnio.


"Não sabem o que fazem!" - perdoa-os, Senhor!


Neste Natal, evocando o momento em que as Altas Esferas seguiram contigo à Terra, até o singelo recinto de animais, para o Teu mergulho na névoa dos homens, esparze, novamente, misericórdia e esperança para todos, a fim de que o Ano Novo seja, para sofredores e responsáveis pelo sofrimento, a antemanhã da Era do Espírito Imortal, de que Te fizeste paradigma após o martírio da Cruz.



Joanna de Ângelis

Natal é...


Natal é muito mais que enfeites, presentes, festas, luzes e comemorações...

Natal quer dizer nascimento, vida, crescimento...

E o Natal de Jesus tem um significado muito especial para o Mundo.

Geralmente não se comemora o nascimento de alguém que morreu há mais de dois milênios, a menos que esse nascimento tenha algo a nos ensinar.

Assim pensando, o Natal de Jesus deve ser meditado todos os dias, e vivido da melhor maneira possível.

Se assim é, devemos convir que Natal é muito mais do que preencher um cheque e fazer uma doação a alguém que necessita dessa ajuda.

É muito mais do que comprar uma cesta básica e entregar a uma família pobre...

É muito mais que a troca de presentes, tão costumeira nessa época.

É muito mais que reunir a família e cantar.

É muito mais que promover o jantar da empresa e reunir patrões e empregados em torno da mesma mesa.

A verdadeira comemoração do Natal de Jesus é a vivência de Seus ensinos no dia-a-dia.

É olhar nos olhos daqueles que convivem conosco e buscar entender, perdoar, envolver com carinho esses seres humanos que trilham a mesma estrada que nós.

É se deter diante de uma criança e prestar atenção no que os seus olhos dizem sem palavras...

É sentir compaixão do mais perverso criminoso, entendendo que ele é nosso irmão e que se faz violento porque desconhece a paz.

É preservar e respeitar a natureza que Deus nos concede, como meio de progresso, e fazer esforços reais para construir um mundo melhor.

O Natal é para ser vivido nos momentos em que tudo parece sucumbir...

Nas horas de enfermidades, nas horas em que somos traídos, que alguém nos calunia, que os amigos nos abandonam...

Tudo isso pode parecer estranho e você até pode pensar que essas coisas não têm nada a ver com o Natal.

No entanto, Jesus só veio à Terra para nos ensinar a viver, e não para ser lembrado de ano em ano, com práticas que não refletem maturidade, nem desejo sincero de aprender com Essa Estrela de primeira grandeza...

Ele viveu o amor a Deus e ao próximo...

Ele viveu o perdão...

Sofreu calúnias, abandono dos amigos, traição, injustiças variadas...

Dedicou Suas horas às almas sedentas de amor e conhecimento, não importando se eram ricos ou pobres, justos ou injustos, poderosos ou sem prestígio nenhum.

Sua vida foi o maior exemplo de grandeza e sabedoria.

Por ser sábio, Jesus jamais estabeleceu qualquer diferença entre os povos, não criou nenhum templo religioso, não instituiu rituais nem recomendou práticas exteriores para adorar a Deus ou como condição para conquistar a felicidade.

Ele falava das verdades que bem conhecia, das muitas moradas da Casa do Pai, da necessidade de adorar a Deus em Espírito e Verdade, e não aqui ou ali, desta ou daquela forma.

Falou que o Reino dos Céus não tem aparências exteriores, e não é um lugar a que chegaremos um dia, mas está na intimidade do ser, para ser conquistado na vivência diária.

E é esse reino de felicidade que precisa ser buscado, aprendido e vivido nos mínimos detalhes, em todos os minutos de nossa curta existência...

Bem, Natal é tudo isso...

É vida, e vida abundante...

É caminho e verdade...

É a porta...

É o Bom Pastor...

É o Mestre...

É o maior Amigo de todos nós.

Pense em tudo isso, e busque viver bem este Natal...

(Redação do Momento Espírita)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A história de Júlio (Parte 2)



Na minha encarnação anterior tive por pais os mesmos espíritos que o foram nesta última.

Eles formavam uma família feliz. Meus pais, casados há anos, viviam harmoniosamente, tinham duas filhas casadas e netos, quando mamãe engravidou. Embora surpresos, achando-se velhos, me receberam como presente de Deus. Foram excelentes pais, me amaram, cuidaram de mim, me educaram, dando ótimos exemplos. Cresci forte, sadio e inteligente.

Espírito inquieto, não dei valor a nada que recebia. Achava meus pais velhos, “caretas” e me envergonhava deles. Era respondão, às vezes bruto com eles. Achava que me enchiam.

Estudava numa universidade e comecei a consumir drogas. Não tinha motivos como desculpas. Não existem motivos para entrar no vício, mas alguns viciados arriscam algum fator para se justificar. Quis sensações novas e achei que nunca ia me tornar dependente delas. Das leves às pesadas, me viciei, porém achava que as largaria quando quisesse. Comecei a gastar mais dinheiro e mentia aos meus pais, dizendo que era para o estudo. Não desconfiavam e me davam, privando-se até de remédios.

Foi então que ocorreu o acidente. Numa viagem de fim de semana, meus pais desencarnaram juntos num acidente de trem.

Senti a falta deles, mais ainda do que eles faziam por mim. Não quis morar com minhas irmãs, fiquei sozinho na nossa casa. Formei-me dois meses depois e arrumei um emprego. Mas passei a me drogar cada vez mais. E agora não escondia e as usava em casa.

- Júlio, por favor, pare com isso! Pense em nossos pais! — diziam minhas irmãs, preocupadas.

- Não sou um viciado! Uso-as porque quero e paro quando quiser — respondia rudemente.

Minhas irmãs, cunhados e até sobrinhos, ao saberem, tentaram me ajudar. Passei a ser violento, não aceitei a intromissão deles.

Não produzia no trabalho e, como faltava muito, fui demitido e passei a consumir cada vez mais tóxicos; me tornei um farrapo humano. Fui vendendo tudo o que era de valor em casa, não comprei mais alimentos, minhas irmãs que os traziam, como também passaram a pagar as despesas da casa e alguns débitos meus. Mesmo assim, não gostava dos meus familiares, não queria vê-los, os evitava e quando vinham em casa os expulsava violentamente. Senti que eles planejavam me internar. Então, achando que a vida estava insuportável, resolvi me suicidar. Tomei uma overdose. Mas não morri, passei mal. Quando melhorei, levantei-me; estava deitado no tapete da sala. A casa estava uma anarquia. Tomei remédios, todos que encontrei, o resto de heroína e uma bebida alcoólica, deitei de novo, certo de que dessa vez ia morrer.

Desencarnei logo, mas era de noite. No outro dia minha irmã veio com a ambulância para me levar e acharam meu corpo morto.

Perturbei-me extremamente. Quando saí do torpor, senti-me preso, no escuro, com cheiro insuportável. Meu corpo estava enterrado e eu ligado a ele. Somos espíritos revestidos do perispírito e encarnados no corpo físico. Quando o corpo carnal morre, o deixamos e este parece somente uma roupa usada. Continuamos a viver espiritualmente revestidos com o corpo perispiritual. Isso é o que normalmente acontece. Mas há os que abusam e imprudentemente, como eu, danificam o corpo físico, a abençoada roupa que nos é dada para nos manifestarmos no campo material. Não fui desligado e fiquei junto ao corpo, sofrendo atrozmente.

Lembrei-me dos meus pais, do amor deles por mim e chorei; chamei por eles:

“Mamãe! Papai! Acudam-me!”

Senti-me tirado dali, parecia que fiquei ali séculos e não meses.

Não consegui me recuperar. Internado num hospital para suicidas, estava perturbado demais. Não tinha desculpa e não quis me perdoar. Que havia feito do meu corpo perfeito? Danifiquei-o com as drogas. Não merecia outro perfeito.

Faço uma ressalva, esta é minha história, que ocorreu comigo. Isso não acontece com todos que foram viciados nem com todos os suicidas. Mas normalmente estes sofrem muito, se os encarnados tivessem consciência disso, não se drogariam nem se suicidariam.

Meus pais preocuparam-se comigo. Amavam-nos muito, a mim e a todos os familiares.

Tiveram uma desencarnação violenta num acidente brutal. Foram socorridos pelos seus merecimentos. Sentiram que eu estava mal, então souberam que era viciado. Tentaram me ajudar, porém essa ajuda é restrita ao livre-arbítrio do necessitado. Pediram auxílio mentalmente às outras filhas, elas tentaram, ignoraram as ofensas e tudo fizeram, até se sacrificaram financeiramente, venderam bens para pagar meus débitos e para ter dinheiro para me internar.

Meus pais viram tristemente meu suicídio. Só quando me comovi ao lembrar deles é que puderam desligar-me da matéria podre e me socorrer.

Entenderam que só melhoraria na matéria. Estava tão perturbado, me desorganizei tanto que só me recuperaria no corpo físico. Com o esquecimento, me organizaria, encarnado recuperaria o que por livre vontade desordenei, danifiquei.

Meus pais reencarnaram unidos por um carinho profundo, casaram novamente e me receberam alegremente por filho.


Do livro “Deficiente mental, porque fui um?” (Cap. 2) - Ditado por diversos espíritos - Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck Carvalho - Editora Petit

Estudo da Alma 2°. Parte

O LIVRO DOS ESPÍRITOS, PARTE 2a - CAPÍTULO II, obra codificada por Allan Kardec

134. Que é a alma?
“Um Espírito encarnado.”


Observação do autor desta apostila: Note-se que a alma no mundo dos Espíritos utiliza-se do perispírito para a mani-festação da sua individualidade, assim, no mundo espiritual a alma + perispírito = Espírito, e, quando na Terra é um Espírito en-carnado, ou melhor, alma + perispírito + corpo físico = homem. (Ver O que é o Espiritismo - Cap. II, item 9, 10 e 14 - (obra de autoria de Allan Kardec).

134a) - Que era a alma antes de se unir ao corpo?
“Espírito.”

134b) - As almas e os Espíritos são, portanto, idênticos, a mesma coisa?
“Sim, as almas não são senão os Espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteli-gentes que povoam o mundo invisível, os quais temporariamente revestem um invólucro carnal para se purificarem e esclarecerem.”

135. Há no homem alguma outra coisa além da alma e do corpo?
“Há o laço que liga a alma ao corpo.”

135a) - De que natureza é esse laço?
“Semimaterial, isto é, de natureza intermédia entre o Espírito e o corpo. É preciso que seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. Por meio desse laço é que o Espírito atua sobre a ma-téria e reciprocamente.”

NOTA DE ALLAN KARDEC - O homem é, portanto, formado de três partes essenciais:
1o - o corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;
2o - a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação;
3o - o princípio intermediário, ou perispírito, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e li-ga a alma ao corpo. Tais, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.

136. A alma independe do princípio vital?
“O corpo não é mais do que envoltório, repetimo-lo constantemente.”


136a) - Pode o corpo existir sem a alma?
“Pode; entretanto, desde que cessa a vida do corpo, a alma o abandona. Antes do nascimento, ainda não há união definitiva entre a alma e o corpo; enquanto que, depois dessa união se haver estabelecido, a morte do corpo rompe os laços que o prendem à alma e esta o abandona. A vida orgânica pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode habitar um corpo privado de vida orgânica.”

136b) - Que seria o nosso corpo, se não tivesse alma?
“Simples massa de carne sem inteligência, tudo o que quiserdes, exceto um homem.”

149. Em que se torna alma no instante da morte?
“Torna-se Espírito; isto é, entra no mundo dos Espíritos que havia deixado momentaneamente”.

Observação do autor desta apostila: De alma + perispírito + corpo físico = homem a alma volta a ser Espírito, ou seja, alma + perispírito = Espírito. (Ver O que é o Espiritismo - Cap. II, item 9, 10 e 14 (obra de autoria de Allan Kardec).

Estudo da Alma 1°. Parte




Todas as terça-feira teremos estudo nesse BLOG

ALMA, PRINCÍPIO VITAL E FLUIDO VITAL
ALMA (do lat. anima; gr. anemos, sopro, emanação, ar).
Allan Kardec na Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita (O LIVRO DOS ESPÍRITOS)


(...)

Segundo uns, a alma é o princípio da vida material orgânica. Não tem existência própria e se ani-quila com a vida: é o materialismo puro. Neste sentido e por comparação, diz-se de um instrumento ra-chado, que nenhum som mais emite: não tem alma. De conformidade com essa opinião, a alma seria efei-to e não causa.

Pensam outros que a alma é o princípio da inteligência, agente universal do qual cada ser absorve uma certa porção. Segundo esses, não haveria em todo o Universo senão uma só alma a distribuir cente-lhas pelos diversos seres inteligentes durante a vida destes, voltando cada centelha, mortos ou seres, à fonte comum, a se confundir com o todo, como os regatos e os rios voltam ao mar, donde saíram.

Essa opinião difere da precedente em que, nesta hipótese, não há em nós somente matéria, sub-sistindo alguma coisa após a morte. Mas é quase como se nada subsistisse, porquanto, destituídos de individualidade, não mais teríamos consciência de nós mesmos. Dentro desta opinião, a alma universal seria Deus, e cada ser um fragmento da divindade. Simples variante do panteísmo.

Segundo outros, finalmente, a alma é um ser moral, distinto, independente da matéria e que con-serva sua individualidade após a morte. Esta acepção é, sem contradita, a mais geral, porque, debaixo de um nome ou de outro, a idéia desse ser que sobrevive ao corpo se encontra, no estado de crença instinti-va, não derivada de ensino, entre todos os povos, qualquer que seja o grau de civilização de cada um. Essa doutrina, segundo a qual a alma é causa e não efeito, é a dos espiritualistas.

Sem discutir o mérito de tais opiniões e considerando apenas o lado lingüístico da questão, dire-mos que estas três aplicações do termo alma correspondem a três idéias distintas, que demandariam, para serem expressas, três vocábulos diferentes. Aquela palavra tem, pois, tríplice acepção e cada um, do seu ponto de vista, pode com razão defini-la como o faz. O mal está em a língua dispor somente de uma palavra para exprimir três idéias. A fim de evitar todo equívoco, seria necessário restringir-se a acepção do termo alma a uma daquelas idéias. A escolha é indiferente; o que se faz mister é o entendimento entre todos reduzindo-se o problema a uma simples questão de convenção. Julgamos mais lógico tomá-lo na sua acepção vulgar e por isso chamamos

ALMA ao ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo.

(...)

Concebe-se que, com uma acepção múltipla, o termo alma não exclui o materialismo, nem o pan-teísmo. O próprio espiritualismo pode entender a alma de acordo com uma ou outra das duas primeiras definições, sem prejuízo do Ser imaterial distinto, a que então dará um nome qualquer. Assim, aquela pa-lavra não representa uma opinião: é um Proteu, que cada um ajeita a seu bel-prazer. Daí tantas disputas intermináveis.

Evitar-se-ia igualmente a confusão, embora usando-se do termo alma nos três casos, desde que se lhe acrescentasse um qualificativo especificando o ponto de vista em que se está colocado, ou a apli-cação que se faz da palavra. Esta teria, então, um caráter genérico, designando, ao mesmo tempo, o prin-cípio da vida material, o da inteligência e o do senso moral, que se distinguiriam mediante um atributo, como os gases, por exemplo, que se distinguem aditando-se ao termo genérico as palavras hidrogênio, oxigênio ou azoto. Poder-se-ia, assim dizer, e talvez fosse o melhor,

a alma vital - indicando o princípio da vida material;
a alma intelectual - o princípio da inteligência, e
a alma espírita - o da nossa individualidade após a morte.

Como se vê, tudo isto não passa de uma questão de palavras, mas questão muito importante quando se trata de nos fazermos entendidos. De conformidade com essa maneira de falar,

• a alma vital seria comum a todos os seres orgânicos: plantas, animais e homens;
• a alma intelectual pertenceria aos animais e aos homens; e
• a alma espírita somente ao homem.

A história de Júlio (Parte 1)




Fui muito amado! Meus pais se desdobravam em atenção e cuidado para comigo. Fui o segundo filho deles. O primeiro, meu único irmão, Júnior, era perfeito e muito bonito.

Não tenho muitas lembranças do período em que estive encarnado com deficiência.

Fixo minha mente para recordar, sinto a sensação de que estava preso num saco de carne mole e disforme. Parecia que, ao estar encarnado, estava restrito a uma situação desconfortável e sofrida, porém sabia ser melhor que meu estado anterior, o de desencarnado.

Realmente estava restrito, era deficiente físico e mental. Tive paralisia cerebral.

Lembro que cuidaram de mim com ternura imensa, gostava quando falavam comigo, me acariciavam.

Meus pais tentaram de tudo para que eu melhorasse, fisioterapias, especialistas e cuidados especiais.


Vivi três anos e seis meses nesse corpo que agora bendigo, que serviu para que me organizasse do tremendo desajuste em que eu me encontrava. Não andei, não falei, ouvia e enxergava pouco e era portador de muitas doenças no aparelho digestivo.

Uma pneumonia me fez desencarnar.

Recordo pouco essa minha permanência na carne. É como recordar adulto a primeira infância, O desconforto muito me marcou, como também o imenso amor que meus pais tiveram e têm por mim.

Socorrido ao desencarnar por socorristas, fui levado a um hospital de uma colônia.

Estive internado numa ala especializada em crianças e deficientes. Lembro-me que lá sentia a falta da presença física de meus pais. Eles foram levados muitas vezes para me ver. Alegrava-me com essas visitas.

Meus pais, pessoas boas e com alguns conhecimentos espirituais, puderam, enquanto dormiam, ser desligados do corpo físico e vir me ver. Foram encontros emocionantes. Isso é possível acontecer com muitos pais saudosos. Infelizmente poucos recordam esses comovidos encontros.

Recuperei-me. Com o carinho dos tios, trabalhadores do hospital, sarei das minhas deficiências. Retornei à aparência que tinha na encarnação anterior, antes de ter começado com meu vício e danificado meu corpo sadio.

Dessa vez gostei de estar desencarnado e mais ainda do hospital.

Normalmente em todas as colônias há no hospital uma parte onde são abrigados os que foram deficientes mentais quando encarnados, isso para que recebam tratamento especial para se recuperarem.

Ressalvo que muitos ao desencarnarem não têm o reflexo da doença ou das doenças e ao serem desligados da matéria morta são perfeitos, nem passam pelos hospitais. Infelizmente não foi o meu caso. Necessitei me recuperar, após um ano e dois meses estava tendo alta e fui para uma ala no Educandário para jovens.

Vou descrever a parte do hospital em que fui abrigado.

Os quartos são grandes, ficam juntos muitos internos. Não é bom ficar sozinho, é deprimente. Gostava de ter companhia, de ficar com os outros. Logo me tornei amigo deles.

As colônias não são todas iguais. Tudo nelas é visando o bem-estar de seus abrigados. Mas em todas há lugares básicos, como nas cidades dos encarnados, que têm escolas, hospitais, praças, ruas etc. Nas colônias também, só que com mais conforto, bem-estruturados, grandes e bonitos. Visitando tempos depois hospitais em outras colônias, vi que todas são aconchegantes, diferenciando-se nas repartições, no tamanho e nos adornos.

“Você, Júlio, não é mais doente. É sadio! Tem de se sentir sadio! Vamos tentar?”, dizia para mim Suely, uma das “tias”, sorrindo encantadoramente.

A deficiência estava enraizada em mim, necessitei entender muitas coisas para sanar seus reflexos.

Quando comecei a falar, passei a escutar e a enxergar normalmente e logo a andar.

O quarto em que estava, como todos os outros, tem a porta grande, sempre aberta, que dá para um jardim-parque com muitas árvores, flores, brinquedos e animais dóceis e lindos.

Nesse jardim há sempre muita claridade e brincadeiras organizadas. Ali há um palco onde há danças, aulas de canto, música e teatro. Do outro lado dos quartos estão as salas de aula. Gostei muito de ficar ali, naquela parte do hospital. Foi meu lar no período em que estive internado. Encantava-me com o jardim-parque e foi me divertindo sadiamente que me recuperei com certa facilidade. As brincadeiras fazem parte da recuperação. Não existem medicamentos como para os encarnados. Não senti mais dores nem desconforto.

O interno é transferido dali quando quer ou quando se sente apto. Sentindo-me bem, fui transferido, mudei para a ala jovem do Educandário, como já mencionei, onde estudei e passei a fazer tarefas.

Quando meu curso terminou, pedi para trabalhar na ala do hospital para recuperação de desencarnados que na carne foram viciados em tóxicos. Esse meu pedido tinha razão de ser. Fiquei contente por ter sido aceito e passei a trabalhar com toda a dedicação.

Na minha penúltima encarnação tive meu corpo físico perfeito. Que fiz dele? Recordei.

Quando estava me recuperando no hospital, as lembranças vieram normalmente. Como “tia” Suely explicou-me, recordar não acontece com todos. Muitos recuperados voltam a reencarnar sem lembrar de nada do passado.

Lembrei-me sozinho, sem forçar o meu passado, e “tia” Suely me ajudou a entendê-lo e não “encucar”, pois o passado ficou para trás e só podemos tirar lições para o presente.

Principalmente no meu caso, tentar acertar e não repetir os mesmos erros.

(Do livro “Deficiente mental, porque fui um?” (Cap. 2) - Ditado por diversos espíritos - Psicografia de Vera Lúcia Marinzeck Carvalho - Editora Petit)

domingo, 29 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Respeito Mútuo


Compadece-te dos que não pensam com as tuas idéias e não lhes encareces a vida em tua própria vida, afastando-os da senda a que foram convocados.

Chamem-se pais ou filhos, cônjuges ou irmãos, amigos ou parentes, companheiros e adversários, diante de ti, cada um daqueles que te compartilham a existência é uma criatura de Deus, evoluindo em degrau diferente daquele em que te vês.

Ensina-lhes o amor ao trabalho, a fidelidade ao dever, o devotamento à compreensão e o cultivo da misericórdia, que isso é dever nosso, de uns para com os outros, entretanto, não lhes cerres a porta de saída para os empreendimentos de que se afirmam necessitados.

Habituamo-nos na Terra a interpretar por ingratos aqueles entes queridos que aspiram a adquirir uma felicidade diferente da nossa, entretanto, na maioria das vezes, aquilo que nos parece ingratidão é mudança do rumo em que lhes cabe marchar para a frente.

Quererias talvez titulá-los com os melhores certificados de competência, nesse ou naquele setor de cultura, no entanto, nem todos vieram ao berço com a estrutura psicológica indispensável aos estudos superiores e devem escolher atividades quase obscuras, não obstante respeitáveis, a fim de levarem adiante a própria elevação ao progresso.

Para outros, estimarias indicar o casamento que se te figura ideal, no campo das afinidades que te falam de perto, no entanto, lembra-te de que as responsabilidades da vida a dois pertencem a eles e não a nós, e saibamos respeitar-lhes as decisões.

Para alguns terás sonhado facilidades econômicas e domínio social, contudo, terão eles rogado à Divina Sabedoria estágios de sofrimento e penúria, nos quais desejem exercitar paciência e humildade.

Para muitos terás idealizado a casa farta de luxuosa apresentação e não consegues vê-los felizes senão em telheiros e habitações modestas, em cujos recintos anseiam obter as aquisições de simplicidade de que se reconhecem carecedores.

Decerto, transmitirás aos corações que amas tudo aquilo que possuis de melhor, no entanto, acata-lhes as escolhas se te propões a vê-los felizes.

Respeita os pensamentos e afinidades de cada um e aprende a esperar.

Todos estamos catalogados nas faixas de evolução em que já estejamos integrados.

Se entes queridos te deixam presença e companhia, não lhes conturbes a vida nem te entregues a reclamações.

Cada um de nós é atraído para as forças com as quais entramos em sintonia.

E se te parece haver sofrido esse ou aquele desgaste afetivo, não te perturbes e continua trabalhando na seara do bem.

Pelo idioma do serviço que produzas, chamarás a ti, sem palavras, novos companheiros que te possam auxiliar e compreender.

Não prendas criatura alguma aos teus pontos de vista e nem sonegues a ninguém o direito da liberdade de eleger os seus próprios caminhos.

Se as tuas afinidades pessoais ainda não chegaram para complementar-te a tranqüilidade e a segurança é que estão positivamente a caminho.

E assim acontecerá sempre, porque fomos chamados a amar-nos reciprocamente e não para sermos escravos uns dos outros, porque, em princípio, compomos uma família só e todos nós somos de Deus.


Emmanuel
(“Irmão” – Francisco Cândido Xavier

Convite à Humildade


Os que são incapazes de consegui-la identificam-na como fraqueza.


Os pessimistas que chafurdam no poço do orgulho ferido e não se dispôem à luta, detestam-na, porque se sentem incapazes de possuí-la.


Os derrotistas utilizam-se da subestima para denegri-la.


Os fracos, falsamente investidos de força, falselam-lhe o significado, deturpando-lhe a soberana realidade.


Porque muitos não lograram vivê-la e derraparam em plenos exercícios, desconsideram-na.


Ela, no entanto, fulgura e prossegue.


Sustenta no cansaço, acalenta nas dores, robustece na luta, encoraja no insucesso, levanta na queda... Louva a dor que corrige, abençoa a dificuldade que ensina, agradece a soledade que exercita a reflexão, ampara o trabalho que disciplina e é reconhecida a todos, inclusive aos que passam por maus, por ensinarem, embora inconscientemente, o valor dos bons e a excelência do bem.


Chega e dulcifica a amargura, balsamizando qualquer ferida exposta, mesmo em chaga repelente.


Identifica-se pela meiguice, e, sutil, agrada, oferecendo plenitude, quando tudo conspira contra a paz de que se faz instrumento.


Escudo dos verdadeiros heróis, tem sido a coroa dos mártires, o sinal dos santos e a característica dos sábios.


Com ela o homem adquire grandeza interior, e considerando a majestade da Criação, como membro atuante da vida, que é, eleva-se e, assim, eleva a humanidade inteira.


Conquistá-la, ao fim das pelejas exaustivas, é lograr paz.


No diálogo entre Jesus e Pilatos, esteve presente no silêncio do Amigo Divino e ausente no enganado fâmub de César...


Seu nome é humildade.






Joanna de Ângelis

Livro: ‘Convites da Vida’ – Divaldo Franco

domingo, 22 de novembro de 2009

Espírito e Matéria



Não há efeito sem causa; nada procede do nada. Esses são axiomas, isto é, verdades incontestáveis. Ora, como se constata em cada um de nós a existência de forças e de poderes que não podem ser considerados como materiais, há a necessidade, para explicar sua causa, de se chegar a uma outra fonte além da matéria, a esse princípio que chamamos alma ou espírito.

Quando, descendo ao fundo de nós mesmos, querendo aprender a nos conhecer, a analisar nossas faculdades; quando, afastando de nossa alma a borra que a vida acumula, o espesso envelope de preconceitos, erros e sofismas que têm revestido nossa inteligência; penetrando nos recessos mais íntimos de nosso ser, encontramo-nos face a face com esses princípios augustos sem os quais não haveria grandeza para a humanidade: o amor ao bem, o sentimento de justiça e de progresso.

Esses princípios, que se encontram em diversos graus, tanto entre os ignorantes quanto entre os homens de gênio, não podem vir da matéria, desprovida que está de tais atributos. E se a matéria não possui essas qualidades, como poderia formar, sozinha, os seres que delas são dotados? O senso do belo e do verdadeiro, a admiração que sentimos pelas grandes e generosas obras, não poderia ter a mesma origem que a carne de nossos membros ou o sangue de nossas veias. Está lá, na sua maior parte, como os reflexos de uma luz sublime e pura que brilha em cada um de nós, da mesma forma que o sol se reflete sobre as águas, quer estejam perturbadas ou límpidas.

Em vão se pretende que tudo seja matéria. E apesar de que ainda que nos ressintamos de poderosos impulsos de amor e de bondade, já conseguimos amar a virtude, o devotamento, o heroísmo; o sentimento da beleza moral está gravado em nós; a harmonia das coisas e das leis nos penetra, nos arrebata. E, com tudo isso, nada nos distinguiria da matéria?

Sentimos, amamos, possuímos consciência, vontade e razão e procederíamos de uma causa que não encerra essas qualidades em nenhum grau, de uma causa que não sente, não ama nem conhece nada, que é cega e muda? Superiores à força que nos produziu, seríamos mais perfeitos e melhores que ela!

Uma tal maneira de ver não suporta um exame. O homem participa de duas naturezas. Por seu corpo, por seus órgãos, deriva da matéria; por suas faculdades intelectuais e morais, é espírito.

Dizendo ainda mais exatamente, relativamente ao corpo humano, os órgãos que compõem essa admirável máquina são semelhantes a rodas incapazes de agir sem um motor, sem uma vontade que as coloque em ação. Esse motor é a alma. Um terceiro elemento religa os dois outros, transmitindo aos órgãos as ordens do pensamento. Esse elemento é o perispírito, matéria etérea que escapa aos nossos sentidos. Envolve a alma, acompanha-a após a morte nas suas peregrinações infinitas, depurando-se, progredindo com ela, constituindo um corpo diáfano, vaporoso.

O espírito jaz na matéria como um prisioneiro em sua cela; os sentidos são as aberturas pelas quais se comunica com o mundo exterior. Mas, enquanto a matéria, cedo ou tarde, declina, periclita e se desagrega, o espírito aumenta em poder, fortifica-se pela educação e experiência. Suas aspirações se engrandecem, se estendem para além da túmulo; sua necessidade de saber, de conhecer e de viver não tem limites.

Tudo mostra que o ser humano pertence apenas temporariamente à matéria. O corpo não é senão uma vestimenta emprestada, uma forma passageira, um instrumento com a ajuda do qual a alma prossegue, nesse mundo, sua obra de depuração e de progresso. A vida espiritual é a vida normal, verdadeira, sem fim.

Léon Denis

Livro “O Porquê da Vida

Caminhos do Coração



Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.

Há caminhos atapetados de facilidades, que conduzem a profundos abismos do sentimento.

Apresentam-se caminhos ásperos, coalhadas de pedrouços que ferem, na forma de vícios e derrocadas morais escravizadores.

Abrem-se, atraentes, caminhos de vaidade, levando a situações vexatórias, cujo recuo se torna difícil.

Repontam caminhos de angústia, marcados por desencantos e aflições desnecessárias, que se percorrem com loucura irrefreável.

Desdobram-se caminhos de volúpias culturais, que intoxicam a alma de soberba, exilando-a para as regiões da indiferença pelas dores alheias.

Aparecem caminhos de irresponsabilidade, repletos de soluções fáceis para os problemas gerados ao longo do tempo.

Caminhos e caminhantes!

Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.

Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.

Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma... São, apenas, caminhos: começados, interrompidos, concluídos...

Tens o direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.

Ao fazê-lo, repassa pela mente os objetivos que persegues, os recursos que se encontram à tua disposição íntima assinalando o estado evolutivo, a fim de teres condição de seguir.

Se possível, opta pelos caminhos do coração.

Eles, certamente, levarão os teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.

O homem estremunha-se entre os condicionamentos do medo, da ambição, da prepotência e da segurança que raramente discerne com correção.

O medo domina-lhe as paisagens íntimas, impedindo-lhe o crescimento, o avanço, retendo-o em situação lamentável, embora todas as possibilidades que lhe sorriem esperança.

A ambição alucina-o, impulsionando-o para assumir compromissos perturbadores que o intoxicam de vapores venenosos, decorrentes da exagerada ganância.

A prepotência anestesia-lhe os sentimentos, enquanto lhe exacerba as paixões inferiores, tornando-o infeliz, na desenfreada situação a que se entrega.

A liberdade a que aspira, propõe-lhe licenças que se permite sem respeito aos direitos alheios nem observância dos deveres para com o próximo e a vida; destruindo qualquer possibilidade de segurança, que, aliás, é sempre relativa enquanto se transita na este física.

Os caminhos do coração se encontram, porém, enriquecidos da coragem, que se vitaliza com a esperança do bem, da humildade, que reconhece a própria fragilidade, e satisfaz-se com os dons do espírito - ao invés do tresvariado desejo de amealhar coisas de secundária importância - os serviços enobrecedores e a paz, que são a verdadeira segurança em relação às metas a conquistar.

Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.

Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.

Francisco de Assis seguiu-Lhe o exemplo e tornou-se o herói da humildade.

Vicente de Paulo optou pelos mesmos e fez-se o campeão da caridade.

Gandhi redescobriu-os e comoveu o mundo, revelando-se como o apóstolo da não-violência.

Incontáveis criaturas, nos mais diversos períodos da humanidade e mesmo hoje, identificaram esses caminhos do coração e avançam com alegria na direção da plenitude espiritual.

Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.

Joanna de Ângelis

Da obra: “Momentos de Felicidade” - Divaldo Pereira Franco - Salvador, BA: LEAL. 1990.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As duas Faces da Nuvem



Não creias, amigo ignoto, em nuvens totalmente escuras.

Por mais sinistras que pareçam, cá de baixo, não deixam de ser

luminosas, vistas lá de cima.

É questão de perspectiva...

Quando um dia subires à estratosfera, verás que até o mais

espesso negror se dilui em luminosa alvura.

Não creias em vida perdida.

Não fales em derrota completa.

A vida é tão vasta, sublime e profunda que nenhuma desgraça a

pode inutilizar por completo.

Se a ignorância ou a perversidade dos homens te fecharem uma

porta, abre outra.

Se a perfídia dos inimigos ou a traição dos "amigos" demolirem

os palácios da tua opulência, levanta modesta choupana à beira da

estrada.

Ninguém te pode fazer infeliz a não ser tu mesmo.

Tu é que tens nas mãos as chaves do céu e do inferno.

"O reino de Deus está dentro de ti"...

A felicidade não está na periferia da tua vida está no centro do

teu ser.

Não é nos nervos, na carne, no sangue, no acaso ou no

destino que reside a verdadeira beatitude mas, sim, no

íntimo recesso da tua consciência.

Melhor uma choupana arraiada de sorrisos do que um palácio

afogado em lágrimas...

Deus te creou para a felicidade e quem pode frustrar os planos

do Onipotente?

Se a tua vida não é um dia cheio de sol por que não

poderia ser uma noite iluminada de estrelas?

Por que não poderia a tua felicidade ganhar em profundidade

o que talvez tenha perdido em extensão?

Por que não poderia a luz suave de miríades de astros

infundir-te na alma uma felicidade que nunca te deram os fulgores

solares?

Se não percebes o chilrear dos passarinhos e o chiar das

cigarras da zona diurna da vida por que não te habituas a escutar

as vozes discretas com que o silêncio noturno enche a tua solidão?

Há tanto misticismo nas fosforescências da Via-Láctea...

Há tanta sabedoria na reticência da luz sideral...

Há tanta eloqüência no mutismo das nebulosas longínquas...

Há tantas preces no sussurro das brisas noturnas...

Há tanta alma na argêntea placidez do luar...

Há tanta filosofia na vastidão pressaga do cosmos...

Há tanta beatitude na acerbidade da dor, quando iluminada por

um grande ideal...

Há tão profunda paz em pleno campo de batalha, quando o

homem compreendeu o porquê da luta e o sentido divino do sofrimento...

Por mais negra que seja a face humana das nuvens da tua vida

crê, meu amigo, que é luminosa a face voltada para as alturas da

Divindade.

(Do livro "De Alma para Alma", de Huberto Rohden)

Lições de Amor



Sendo o nosso planeta uma verdade escola, muitas são as lições que devemos aprender.
O tempo de reencarnação é uma oportunidade que Deus nos concede para que despertamos a nossa consciência. Todavia, ainda nos deixamos envolver pelos sentimentos menores e estes acabam nos causando sofrimentos e angústias. Sempre que nos distanciamos dos bem, damos força às imperfeições que abrigamos em nosso íntimo.
Na lei das trocas, que rege todos os fenômenos da vida, os semelhantes atraem-se uns aos outros. Odiar quem nos odeia e retribuir o mal com o mal, é o mesmo que abrir as portas aos sentimentos das trevas.
Devemos lembrar Jesus quando o Mestre nos ensinou que a reconciliação com o nosso adversário deve acontecer o mais cedo possível.
Todas as vezes que movimentamos o perdão em favor de alguém, estamos evitando sofrimentos futuros. Se, ao contrário, alimentarmos o ódio e o ressentimento, faremos vibrar forças negativas que atingem nossos irmãos, mas que igualmente também nos envolverão.
A vida exige de todos nós uma luta continua, mas deve ser uma luta em favor do bem. É por isso que se diz que é preciso muito mais coragem para perdoar do que para revidar.
O desenvolvimento moral deve ser a meta de todos nós. Convém não esquecer que a morada de amanhã...
Recordando o Mestre Jesus, pensemos no seu Evangelho e nas lições de amor que Ele nos deixou.
A grande necessidade da Humanidade, continua sendo a Reforma Intima e através dela conhecermos a abnegação e o esclarecimento Aprenderemos a tolerar e a perdoar.
Jesus nos deixou ensinamentos maravilhosos e o Espiritismo nos diz que a Doutrina Espírita não é uma doutrina de contemplação passiva; ao contrário, os ensinamentos dos Espíritos nos falam que renovação interior.
Vamos lembrar que não existem direitos sem deveres. Assim, se queremos uma vida melhor onde a moral seja elevada e o verdadeiro amor reconhecido, não podemos esquecer a máxima do Cristo: “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. “


Maria de Lourdes

Concite à Perseverança




"... Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo." (Mateus, 10:22.) Não asseveres: "é-me impossível fazer!" Nem redarguas: "não consigo!" Nunca informes: "sei que é totalmente inútil aceitar." Nem retruques: "é maior do que as minhas forças".

Para aquele que crê, o impossível é tarefa que somente demora um pouco para ser realizado, já que o possível se pode realizar imediatamente.

Instado a ajudar não te permitas condições, especialmente se fruis o tesouro da possibilidade.

Fácil ser delicado sem esforço, ser amigo sem sacrifício, ser cristão sem auto-doação...

Perseverança nos objetivos elevados, com oferenda de amor, é materialização de fé superior.

Para que seja atuante, a fé deve nutrir-se do poder dos esforços caldeados para as finalidades que parecem inatingíveis.
Todos podem iniciar ministérios..
.
Tarefas começantes produzem entusiasmos exaltados.

Mede-se, porém, o verdadeiro cristão e, particularmente, o espírita pelo investimento que coloca na bolsa de valores imortalistas a render juros de paz...

Unge-te, portanto, de fé e deixa que resplandeça a tua fidelidade ao lado de quem padece.

Não fosse o sofrimento, ninguém suplicaria socorro.

Não fosse a angústia ninguém se encorajaria a romper os tecidos da alma para exibir exulcerações...

Ninguém se compraz carregando demorada canga, não obstante, confiando em alívio, lenitivo...

Nas cogitações que te cheguem ao plano da razão, interroga como gostarias que fizessem contigo se foras o outro, o sofredor, o necessitado que ora te roga ajuda.

Assim, envolve-te na lã do "Cordeiro de Deus" e persevera ajudando.

Não somente dando o que te sobra mas aquela doação maior a que te parece difícil, a quase impossível...

A perseverança dar-te-á paz e plenitude. Insiste na sua execução.

(De "Convites da Vida", de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis

As influências espirituais



“Influem os Espíritos em nosso pensamento, e em nossos atos?”.

- Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459.)

A assertiva dos Espíritos a Allan Kardec demonstra que, na maioria das vezes, estamos todos nós - encarnados - agindo sob a influência de entidades espirituais que se afinam com o nosso modo de pensar e de ser, ou em cujas faixas vibratórias respiramos.

Isto não nos deve causar admiração, pois se analisarmos a questão sob o aspecto puramente terrestre chegaremos à conclusão de que vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares ou não, das quais recebemos influenciações através das ideias que exteriorizam, dos exemplos que nos são dados, e também que influenciamos com a nossa personalidade e pontos de vista.

Quando acontece de não conseguirmos exercer influência sobre alguém de nosso convívio e que desejamos aja sob o nosso prisma pessoal, via de regra tentamos por todos os meios convencê-lo com argumentos persuasivos de diferente intensidade, a fim de lograrmos o nosso intento.

Natural, portanto, ocorra o mesmo com os habitantes do mundo espiritual, já que são eles os seres humanos desencarnados, não tendo mudado, pelo simples fato de deixarem o invólucro carnal, a sua maneira de pensar e as características da sua personalidade.

Assim, vamos encontrar desde a atuação benéfica de Benfeitores e Amigos Espirituais, que buscam encaminhar-nos para o bem, até os familiares que, vencendo o túmulo, desejam prosseguir gerindo os membros do seu clã familial, seja com bons ou maus intentos, bem como aqueles outros a quem prejudicamos com atos de maior ou menor gravidade, nesta ou em anteriores reencarnações, e que nos procuram, no tempo e no espaço, para cobrar a divida que contraímos.

Por sua vez, os que estão no plano extrafísico também se acham passíveis das mesmas influenciações, partidas de mentes que lhes compartilham o modo de pensar, ou de outras que se situam em planos superiores, e, no caso de serem ainda de evolução mediana ou inferior, de desafetos, de seres que se buscam intensamente pelo pensamento, num conúbio de vibrações e sentimentos incessantes.

Essa permuta é contínua e cabe a cada indivíduo escolher, optar pela onda mental com que irá sintonizar.

Portanto, a resposta dos Espíritos a Kardec nos dá uma noção exata do intercâmbio existente entre os seres humanos, seja ele inconsciente ou não, mas, de qualquer modo, real e constante.


Do livro “Obsessão e Desobsessão” - Suely Caldas Schubert

O que te faz melhor....




Narra-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, perguntou ao Dalai Lama:

Santidade, qual a melhor religião?

O teólogo confessa que esperava que ele dissesse: É o budismo tibetano. Ou são as religiões orientais, muito mais antigas que o cristianismo.

O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou seu inquiridor bem nos olhos, desconcertando-o um pouco, como se soubesse da certa dose de malícia na pergunta, e afirmou:

A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor.

Para quem sabe sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, Boff voltou a perguntar:

O que me faz melhor?

Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável...

A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...

Boff confessa que calou, maravilhado, e até os dias de hoje ainda rumina a resposta recebida, sábia e irrefutável.


O Dalai Lama foi ao cerne da questão: a religião deve nos ser útil para a vida, como promotora de melhorias em nossa alma.

Não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades deste ou daquele povo, desta ou daquela pessoa.

Se ela estiver promovendo o Espírito, impulsionando-o à evolução moral e estabelecendo este laço fundamental da criatura com o Criador – independente do nome que este leve – ela será uma ótima religião.

Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre adequadamente sua missão como religião.

O eminente Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, quando analisou esta questão, recebeu a seguinte resposta dos Espíritos de luz:

Toda crença é respeitável quando sincera, e conduz à prática do bem. As crenças censuráveis são as que conduzem ao mal.

Desta forma, fica claro mais uma vez que a religião, por buscar nos aproximar de Deus, deve, da mesma forma, nos aproximar do bem, e da sua prática cotidiana.

Nenhum ritual, sacrifício, nenhuma prática externa será proveitosa, se não nos fizer melhores.

Deveríamos empreender nossos esforços na vida para nos tornarmos melhores.

Investir em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis.

A melhor doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e que mais elementos tem para conduzir o homem ao bem.

Gandhi afirmava que uma vida sem religião é como um barco sem leme.

Certamente todos precisamos de um instrumento que nos dirija. Assim, procuremos aquela religião que nos fale à alma, que nos console e que nos promova como Espíritos imortais que somos.

Transmitamos às nossas crianças, desde cedo, esta importância de manter contato com o Criador, e de praticar o bem, acima de tudo.

Redação do Momento Espírita com base no item 838 de 'O Livro dos Espíritos' e no item 302 de 'O livro dos Médiuns', ambos de Allan Kardec (Ed. FEB) e no livro 'Espiritualidade, um caminho de transformação', de Leonardo Boff (Ed. Sextante)


* * *

Pergunta - Por que indícios se poderá reconhecer, entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que tem o direito de se apresentar como tal?

Resposta - “Será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse é o sinal por que reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa.”


(O Livro dos Espíritos, questão 842)

Sessões Mediúnicas - Parte I

As sessões mediúnicas propriamente ditas são as que se destinam à relação normal dos homens com os espíritos para fins de esclarecimento e orientação. A expressão paranormal, adotada e divulgada pela Parapsicologia, não se aplica ao campo espírita. Foi criada para substituir as expressões sobrenatural e patológica, das religiões e ciências do passado. No Espiritismo sabemos que as manifestações mediúnicas são ocorrências normais, que se verificaram desde todos os tempos, e mais, que essas ocorrências são de vários graus, desde a simples percepção extra-sensorial até às aparições, às materializações ou fenômenos de ectoplasmia (segundo a definição metapsíquica) e aos fenômenos de agêneres, bem definidos por Kardec. Nossas relações com os espíritos são constantes e naturais, tanto se passam no plano puramente mental, quanto no psíquico em geral e no plano sensorial. A comunicação mediúnica oral, escrita, tiptológica (através de pancadas ou raps), voz-direta (ou psicofonia subjetiva ou objetiva), como esclareceu Kardec, ocorre normalmente. A mente do desencarnado, como verificou em nosso tempo o cientista Wathely Carington, da Universidade de Cambridge, Inglaterra, é a mesma do homem, do espírito encarnado.



Como os espíritos são, segundo Kardec, “uma das forças da Natureza”, e convivem conosco, como os micróbios, os vírus, suas relações conosco são evidentemente normais, fazem parte do complexo de fenômenos da existência humana natural. O critério do normal e do anormal não decorre de normas estabelecidas pelos homens, mas da naturalidade dos fatos no equilíbrio das leis naturais. A loucura é anormal porque é um desequilíbrio. Nos fenômenos mediúnicos as leis naturais foram definidas por Kardec e posteriormente confirmadas pelas pesquisas científicas em todo o mundo. Os que pretenderam teorizar sobre a chamada loucura espírita só conseguiram revelar sua ignorância do assunto ou sua má-fé a serviço de interesses mesquinhos de sectarismos bastardos.

Desde a selva até a civilização, os fenômenos mediúnicos se verificam em todos os tempos, como um processo normal de comunicações entre homens e espíritos. Como esse processo se passa entre mundos de dimensões materiais diferentes, Rhine concordou em chamá-los de extrafísicos, o que na verdade não está certo, pois o plano espiritual também possui densidade física e a própria Física foi obrigada a reconhecer essa realidade em nossos dias. É graças a essa identidade física que o espírito desencarnado, mas ainda revestido do corpo espiritual da tradição cristã (classificado na pesquisa soviética como corpo bioplásmico, formado de plasma físico) consegue relacionar-se energeticamente com o corpo denso do médium e comunicar-se com os homens. O que se chama de mediunidade não é mais do que a possibilidade menor ou maior desse relacionamento, na verdade existente em todos os indivíduos humanos. O ato mediúnico é, portanto, um ato de relacionamento humano, em que o sobrenatural só pode figurar como antiga superstição reavivada por pessoas cientificamente incapazes ou pelo menos desatualizadas.

A expressão médium (intermediário) adotada por Kardec, é a mais apropriada, estando por isso mesmo generalizada em nossos dias, sendo empregada até mesmo nas ciências soviéticas. Expressões como sensitivos, psicorrágigos metérgicos e outras servem apenas para denunciar posições contrárias ao Espiritismo. Mas o médium não é apenas o intermediário dos espíritos de pessoas mortas. O médium é também o intermediário de si mesmo, dos extratos profundos de sua personalidade anímica, da consciência subliminar da teoria de Frederic Myers. As manifestações anímicas dos médiuns não são mistificações, mas catarses necessárias para aliviá-lo de tensões conflitivas de sua memória profunda que perturbam o seu comportamento atual. Os fenômenos de vidência, visão à distância, precognição e outros são também mediúnicos, pois constituem manifestações de entidades subsistentes no psiquismo ancestral do médium ou o desencadear de percepções contidas nas hipóstases reencarnatórias da sua consciência subliminar.

Alguns estudiosos ainda discutem se a mediunidade é uma faculdade orgânica ou espiritual. Outros, mais afoitos e menos cuidadosos, chegam a afirmar que é uma faculdade do corpo. Basta a descrição de Kardec sobre o ato mediúnico para mostrar que a faculdade é espiritual. As pesquisas científicas modernas não deixam nenhuma possibilidade de dúvida a respeito. O espírito comunicante não se liga ao corpo material do médium, mas ao seu perispírito (o corpo espiritual) ou de maneira direta à sua mente, que, segundo Rhine e outros “não é física”.

Podemos reduzir a explicação da mediunidade numa frase: “Mediunidade é a capacidade do espírito desprender-se parcial ou totalmente do corpo, sem dele se desligar”. Desprende-se o espírito para estabelecer relações com outros espíritos ou projetar-se à distância, mas não se desliga, pois o desligamento só ocorre no fenômeno da morte. Na própria ausência psíquica de curta duração, em meio a uma conversa, quando se diz: Não ouvi o que você falou, pois meu espírito estava longe, temos um fato mediúnico. Graças a essa possibilidade, inerente à condição humana, os espíritos de pessoas vivas podem também comunicar-se.


Do livro “O Espírito e o Tempo” - Herculano Pires

Em nome do Evangelho


“Para que todos sejam um” – Jesus (João, 17:22)


Reunindo-se aos discípulos, empreendeu Jesus a renovação do mundo.


Congregando-se com cegos e paralíticos, restituiu-lhes a visão e o movimento.


Misturando-se com a turba extenuada, multiplicou os pães para que lhe não faltasse alimento.


Ombreando-se com os pobres e os simples, ensinou-lhes as bem-aventuranças celestes.


Banqueteando-se com pecadores confessos, ensinou-lhes o retorno ao caminho de elevação.


Partilhando a fraternidade do cenáculo, prepara companheiros na direção dos testemunhos de fé viva.

Compelido a oferecer-se em espetáculo na cruz, junto à multidão, despede-se da massa, abençoando e amando, perdoando e servindo.


* * *

Compreendendo a responsabilidade da grande assembléia de colaboradores do espiritismo brasileiro, formulamos votos ardentes para que orientem no Evangelho quaisquer princípios de unificação, em torno dos quais entrelaçam esperanças.


Cremos que a experiência científica e a discussão filosófica representam preparação e adubo no campo doutrinário, porque a semente viva do progresso real, com o aperfeiçoamento do homem interior, permanece nos alicerces divinos da Nova Revelação.


Cultivar o espiritismo, sem esforço espiritualizante, é trocar notícias entre dois planos diferentes, sem significado substancial na redenção humana.


Lidar com assuntos do céu, sem vasos adequados à recepção da essência celestial, é ameaçar a obra salvacionista.


Aceitar a verdade, sem o desejo de irradiá-la, através do propósito individual de serviço aos semelhantes, é vaguear sem rumo.


O laboratório é respeitável.

A academia é nobre.

O templo é santo.

A ciência convence.

A filosofia estuda.

A fé converte o homem ao Bem Infinito.

Cérebro rico, sem diretrizes santificantes pode conduzir à discórdia.

Verbo primoroso, sem fundamentos de sublimação, não alivia, nem salva.

Sentimento educado e iluminado, contudo, melhora sempre.


Reunidos, assim, em grande conclave de fraternidade, que os irmãos do Brasil se compenetrem, cada vez mais, do espírito de serviço e renunciação, de solidariedade e bondade pura que Jesus nos legou.


O mundo conturbado pede, efetivamente, ação transformadora. Conscientes, porém, de que se faz impraticável a redenção do Todo, sem o burilamento das partes, unamo-nos no mesmo roteiro de amor, trabalho, auxílio, educação, solidariedade, valor e sacrifício que caracterizou a atitude do Cristo em comunhão com os homens, servindo e esperando o futuro, em seu exemplo de abnegação, para que todos sejamos um, em sintonia sublime com os desígnios do Supremo Senhor.


Pelo Espírito Emmanuel

HOJE É O DIA


Ainda que te encontres inteiramente penhorado à Justiça, à face dos débitos em que te resvalaste até ontem, lembra-te de que o Amor Infinito do Pai Celestial te concede a bênção do “hoje” para que possas solver e renovar.
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O penitenciário na grade que o exclui do convívio doméstico pode, por seu comportamento, gerar a compaixão e a simpatia daqueles que o observa, caminhando com mais segurança no retorno à própria libertação.
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O enfermo algemado ao catre do infortúnio, pelo respeito com que recebe os Desígnios Divinos, pode amealhar preciosos valores em auxílio à cooperação, em favor da própria tranqüilidade.
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E ambos, o prisioneiro e o doente, no esforço de reconquistar-se, pela nobreza com que se recolhem as dores das próprias culpas, estendem a outras almas os benefícios que já entesouraram.
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Recorda que o dia de melhorar é este mesmo em que nos achamos, uns à frente dos outros, respirando o mesmo clima de regeneração e de luta.
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Nem ontem, nem amanhã, mas agora...
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Agora, é o momento de levantar os caídos e os tristes, e de amparar os que padecem o frio da adversidade e a tortura da expiação...
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Agora, é o instante de revelar paciência com os que se tresmalharam no erro, de cultivar humildade à frente do orgulho e devotamento fraternal diante da insensatez...
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Ainda que tudo te pareça na atualidade terrestre sombra e derrota, cadeia e desalento, ergue a Deus o teu coração em forma de prece e roga-LHE forças para fazer luz e confiança onde a treva e o desespero dominam, porque, se ontem foi o tempo de nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.

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