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Allan Kardec

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

S O N H O S


Não se impressione com seus
Isto poderia levá-lo a extravagâncias
ridículas.
Viva acordado no bem, e os sonhos
serão belos e bons.
Se alguma característica de verdade
lhe for revelada num sonho,
aceite-a com simplicidade.
Mas não se deixe levar a interpretações
supersticiosas.
Procure sempre o lado bom das
coisas.
(Saber mais sobre os sonhos clique aqui)

domingo, 24 de janeiro de 2010

NOVA BACTÉRIA



Bactéria ’solitária’ dá pista sobre vida fora da Terra, diz estudo

Cientistas americanos descobriram na África do Sul um minúsculo organismo que vive inteiramente isolado, sem oxigênio e na escuridão total das profundezas da Terra. Acredita-se que a descoberta da bactéria, descrita na edição desta sexta-feira da revista científica “Science”, tenha revelado a criatura mais solitária do planeta e forneça pistas sobre como seria possível haver vida em outros planetas.
A bactéria foi batizada decandidatus desulforudis audaxviator, em referência a uma citação em latim contida no livro Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne. A referência encontrada pelo personagem-herói, um “viajante audaz” (Audax viator), termina inspirando-o a empreender a jornada. A D. audaxviator foi encontrada imersa em água em uma mina de ouro na África do Sul por uma equipe do Laboratório Nacional de Berkeley, da Califórnia (Estados Unidos).
Cientistas dizem que a bactéria é “completamente auto-suficiente” – é composta dos elementos que a circundam, incluindo carbono e nitrogênio, retira energia do hidrogênio e do sulfato e se reproduz dividindo a si mesma. “Isso é algo que sempre especulamos.Mas encontrar isso aqui na Terra é a confirmação da idéia de que se pode, na verdade, condensar os elementos originais de todo um ecossistema em um único genoma”, afirmou um dos pesquisadores, Dylan Chivian.
Primórdios
Os cientistas afirmam que a bactéria compõe 99,9% dos organismos que habitam a falha na qual foi encontrada – ou seja, vive completamente isolada de outras criaturas, em um ambiente quente, escuro e com oxigênio rarefeito. Chivian diz que a descoberta pode dar pistas sobre como eventuais organismos vivos poderiam sobreviver em planetas que, diferente da Terra, não contêm grande oferta de oxigênio. ”Em seus primórdios, a Terra e outros planetas não possuíam muito oxigênio, e a vida evoluiu para encontrar maneiras de obter energia”, afirmou Chivian. ”Se um dia descobrirmos a vida em outros planetas, pode muito bem ocorrer de (os organismos) viverem sem oxigênio, extraindo sua energia de elementos químicos como o sulfato.”
Por Fenrir

São habitados todos os globos que se movem no espaço?

Resposta dos Espíritos: “Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.” Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.

Dizem, ainda, nas questões posteriores que os corpos são adaptados a cada tipo de planeta, a exemplo de como os peixes de nosso mundo foram feitos para viver na água e os pássaros no ar, os seres dos diversos tipos de planetas se ajustam ao seu meio. O homem não pode ter a pretensão de achar que a terra é o único mundo habitado, até nos planetas mais distantes do Sol onde são privados da luz e do calor desse astro há vida. Pensais então que não há outras fontes de luz e calor além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe desempenhar na Terra? Demais, não dissemos que todos os seres são feitos de igual matéria que vós outros e com órgãos de conformação idêntica à dos vossos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

2012

Por que a Terra não será destruída em 2012



Filme 2012 – O dia do juízo final

Gerson Simões Monteiro

O filme 2012 – O dia do juízo final produzido em 2008 nos Estados Unidos, é na verdade mais uma tentativa de se criar uma onda de terrorismo psicológico através do suposto fim do mundo. Nessa onda, exploram-se sem fundamento as profecias relativas às transformações pelas quais a Terra está passando para ingressar em uma Nova Era.

Segundo um amigo, os produtores desse filme usaram as profecias Maias tentando “cristianizá-las”, mas esqueceram-se de que, quando tais profecias foram concebidas, aquele povo nem tinha ouvido falar de Jesus, muito menos pensava em acreditar em um único Deus. Como o ano 2000 já se foi, e não se pode mais explorar a falsa profecia da Bíblia – “de mil passarás, de dois mil não passarás” – agora surge um filme que procura reativar o tema catastrófico, embora não haja nenhuma citação a respeito nem no Velho nem no Novo Testamento.

A escolha da data
Na verdade, a nova data para o mundo acabar, o dia 21 de dezembro de 2012, é apenas uma jogada de marketing para o lançamento do referido filme. Ela foi estabelecida no calendário Maia, um calendário que principia a contagem do tempo em 11 de agosto do ano 3114 a.C., ou seja, antes mesmo das datações arqueológicas dessa misteriosa civilização. De acordo com aquelas datações, os Maias floresceram entre 1800 a.C. e 1450 d.C., em um vasto território que inclui regiões das Américas Central e do Sul, onde as ruínas de suas cidades e pirâmides monumentais resistem ao tempo.

Os Maias são reconhecidos por seu avançado conhecimento de astronomia e pela precisão de seus diferentes calendários, como o calendário anual solar, com 365 dias, chamado Haab. Outro desses calendários, o de “longa contagem”, foi desenvolvido para computar extensos períodos de tempo ou ciclos, de 5.125 anos. Foi com base nesse calendário de longos ciclos que se estabeleceu a tradição da profecia Maia do fim dos tempos.

Ora, as profecias Maias, pelo visto, estão de acordo também com o que ensina a Doutrina Espírita a respeito não do fim físico do nosso planeta, mas do surgimento de uma Nova Era, quando a Terra passará, na escala dos mundos habitados, de Mundo de Expiações e Provas (segunda categoria), para Mundo de Regeneração (terceira categoria).

Já estamos em 2014
Porém, precisamos considerar que já estamos no ano 2014, de acordo com a revelação mediúnica transmitida por Chico Xavier, em 1937, posteriormente ratificada através de conceituados cientistas e teólogos, que se basearam nos estudos e pesquisas históricas relacionados a seguir:
1o) Quando Jesus nasceu numa obscura colônia do Império Romano, a Palestina, uma estreita faixa de terra no fundo do Mediterrâneo, o imperador romano era César Otávio Augusto. E no mundo de César, os anos eram contados pelo calendário romano. Assim, o ano 1 era o da fundação de Roma.

Os anos seguintes eram assinalados com a abreviatura A. U. C., da expressão “Ab Urbe Condita” (Desde a Fundação de Roma). Somente no século VI, bem depois de Constantino (com o Edito de Milão no ano 313) conceder a liberdade de culto aos cristãos, é que foi estabelecido o calendário cristão. Foi então que, no ano 525, o monge Dionísio, o Pequeno, procurou estabelecer o ano da Era Cristã, em relação ao calendário romano “Ab Urbe Condita”. E, por seus cálculos, fixou o ano da fundação de Roma como sendo 754 antes de Cristo.

Contudo, a revelação feita pelo Espírito Humberto de Campos, em 1935, por intermédio da psicografia de Francisco Cândido Xavier, no capítulo 15 do livro Crônicas de Além-Túmulo, editado pela FEB em 1937, registra o erro histórico cometido por aquele monge católico e sua devida correção, ao relatar o seguinte diálogo, travado no mundo espiritual, entre o Cristo e seu discípulo João, o Evangelista:

– João – disse-lhe o Mestre –, lembras-te do meu aparecimento na Terra? – Recordo-me, Senhor. Foi no ano 749 da era romana, apesar da arbitrariedade de Frei Dionísio, que, calculando no século VI da era cristã, colocou erradamente o vosso natalício em 754.

2o) É importante frisar que a revelação, trazida por intermédio de Chico Xavier, foi confirmada posteriormente pelo historiador e professor de História Antiga no New College, de Oxford, Robin Lane Fox, que em seu livro Bíblia – Verdade e Ficção, lançado em 1993, confirma esse erro de cálculo da data de nascimento de Jesus, calcado em vários documentos da época e nos fatos narrados pelos evangelistas, fatos esses postos em aparente contradição na perspectiva fundamentada no calendário romano.

3o) Esse mesmo pensamento é defendido pelo professor Charles Perrot, do Instituto Católico de Paris, em entrevista à revista Le Point:

[...] segundo um amplo consenso de exegetas, o ano de nascimento de Jesus deveria situar-se um pouco antes da morte de Herodes, O Grande. Ora, segundo os dados numismáticos, astronômicos e, sobretudo textuais, Herodes deve ter morrido no dia 11 de abril do ano 4 a.C. [...] O nascimento de Jesus terá sido provavelmente entre os anos 6 e 7 a.C. [...].

4o) Também o professor e padre John P. Meier, que leciona o Novo Testamento na Universidade Católica da América, em Washington, escreveu no The New York Times, no dia 21 de dezembro de 1986, que Cristo deve ter nascido por volta de 6 a 4 a.C.;

5o) Em nosso país, o astrônomo Ronaldo Rogério Mourão de Freitas, do Observatório Nacional, divulgou no Jornal do Brasil de 4/1/1982 que Frei Dionísio, o Pequeno, em 525, encarregado pelo Papa de organizar o calendário cristão a partir da vinda de Jesus à Terra, arbitrou o ano de 754 da Era Romana para o seu nascimento. Mas, pelas pesquisas realizadas sobre o assunto, ele chegou à conclusão de que o aparecimento do Cristo em nosso mundo se deu no ano 749 da fundação de Roma.

A Nova Era
Ora, diante de todas essas evidências, podemos concluir, sem margem de dúvida, que o ano 2012 já passou, ou seja, já estamos em pleno 2014 e a Terra não foi destruída, conforme a previsão divulgada de que o mundo acabaria no dia 21 de dezembro de 2012.

Convém ainda esclarecer que o termo “fim”, empregado nas palavras proféticas de Jesus – “Quando o Evangelho for pregado em toda a Terra, é então que chegará o fim” (Mateus, 24:14) – está relacionado com a ideia de tempo e não com a de espaço, exatamente a mesma ideia do calendário de longos ciclos dos Maias. Portanto, Jesus se referiu ao fim de uma Era, não ao fim do mundo físico. E isto é lógico, pois quando as criaturas humanas estiverem evangelizadas haverá o fim da violência, das lutas fratricidas, do narcotráfico, das balas perdidas, das seleções étnicas e de todo o mal que ainda perdura no coração do homem.

E convenhamos: seria racional Deus acabar com o nosso planeta, quando as criaturas humanas estivessem vivendo plenamente a mensagem do Evangelho? E se Deus é a Justiça Suprema, a destruição do mundo seria então o prêmio prometido por Jesus aos mansos e pacíficos, que ao longo dos séculos se esforçaram para implantar na Terra o seu reino de amor e de paz? É claro que não! Deus é Justo!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Gravidez na Adolescência


Interrupção voluntária da

gravidez na adolescência

Apartir de 1985, considerado o Ano Internacional da Juventude pela Organização das Nações Unidas (ONU), teve início um fértil período de fóruns, debates e encontros sobre gravidez, sexualidade e aborto na adolescência, em razão do significativo aumento dos índices de experiência sexual, gravidez e aborto precoces. Passadas duas décadas (1985-2006), o percentual de jovens grávidas diminuiu, especialmente nos países ricos, devido às campanhas de saúde voltadas para prevenção da gravidez. Em relação ao aborto, porém, o quadro continua desolador. A Organização Mundial da Saúde (OMS), define adolescência como a fase de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada por profundas alterações anatômicas, fisiológicas, mentais e sociais. O período etário situado entre os 10 e 14 anos é denominado pré-adolescência, sendo que a adolescência, propriamente dita, abrange a faixa dos 15 aos 19/20 anos. O início muito precoce da atividade sexual favorece o aumento das taxas de gravidez e as de aborto na juventude por se tratarem, em geral, de maternidade não planejada. No final dos anos 90, os índices de abortamento na adolescência revelavam uma certa estabilidade, representada oficialmente por cerca de 20/21% do universo da população jovem. Sabe-se, porém, que os registros oficiais indicam apenas uma percentagem ínfima dos valores reais. Predominavam os 94% dos abortamentos entre adolescentes de 15 a 19 anos. Esse valor, contudo, está se deslocando, de maneira assustadora, para o grupo de jovens com idade entre 10 e 14 anos. Dados estatísticos recentes indicam que 83/85% dos jovens consideram a possibilidade de aborto, quando defrontados por gravidez não prevista.5 Temerosos da reação dos pais, do abandono do namorado e das críticas dos amigos, vizinhos, colegas da escola ou de familiares, a idéia do aborto é fortemente delineada na mente juvenil para, em seguida, ser colocada em prática. Despreparada e desesperada, a jovem provoca o abortamento, por si ou com auxílio de uma amiga – igualmente desorientada–, utilizando métodos precários, sem higiene, produtores de seqüelas físicas e psíquicas, às vezes irreversíveis numa reencarnação. As condições desumanas de abortamento, associadas ou não a certas práticas primitivas, às quais os jovens se submetem, com ou sem assistência médica, é algo estarrecedor. Informações do Ministério da Saúde3 atribuem ao aborto, espontâneo ou voluntário, a principal causa de morte na adolescência e a quarta causa de morte materna. Na verdade, esses dados fornecem uma dimensão muito superficial da realidade, visto que estão fundamentados apenas nos registros das internações hospitalares ou nos atestados de óbitos. São resultados subestimados, em virtude do silêncio das mulheres sobre suas experiências e dos incalculáveis casos que ocorrem na clandestinidade. Em todas as publicações que analisam a questão do abortamento na adolescência, há consenso a respeito das motivações que provocam o ato

impensado: o sentimento de despreparo para a maternidade e a falta de condições financeiras. As adolescentes que abortam são vítimas da falta de orientação sanitária e educativa sobre o assunto; em geral, isolam-se das demais pessoas, abraçando a solidão, quando se defrontam com a gravidez não programada; fato notório é a inexistência ou escassez de diálogo familiar. São relevantes os dados que apontam para o fato de grande parte dos pais desconhecerem que as suas filhas adolescentes engravidaram e abortaram. O aborto provocado, independentemente da faixa etária em que acontece, contraria o mais elementar dos direitos humanos: o de viver. Trata-se de uma transgressão da lei de Deus, conforme esclarece a questão 358 de O Livro dos Espíritos: “[...] Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”. As campanhas em defesa da vida, continuamente enfatizadas pelas instituições espíritas, assim como por algumas comunidades religiosas e civis, têm como finalidade despertar a população para o significado e o sentido da vida. São movimentos pacíficos caracterizados pela organização e seriedade, que procuram destacar o dom da vida, concedido por Deus a todos os seus filhos, e também neutralizar as influências nefastas das idéias materialistas ainda reinantes no Planeta. Neste contexto, é de fundamental importância que os jovens, em especial, tomem consciência de que o aborto delituoso é crime “[…] doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza... Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação”. Os processos obsessivos que se instalam, em decorrência do aborto, atormentam a existência das jovens e dos seus parceiros de Os pais devem acompanhar de perto as atividades dos filhos, apoiando-os com amor e fraternidade, em qualquer situação desafiante delito, transformando-os, ao longo da existência, em pessoas desajustadas, em razão do remorso e das amarguras que trazem na intimidade da alma. Neste contexto, os obsessores atrelam-se a esses irmãos, em regime de convivência íntima, espoliando-lhes as emanações vitais em declarado processo de vampirismo energético e de parasitose mental. […] Pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinqüência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patológicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte. As lideranças espíritas, sobretudo as que desenvolvem tarefas junto ao público infantil e jovem, devem priorizar ações em defesa da vida, investindo nas medidas educativas de esclarecimento e prevenção do aborto. As orientações transmitidas não podem ser limitadas a mero caráter informativo, mas devem suscitar trocas de idéias que conduzem, de forma natural, à reflexão e à conscientização morais. Os jovens e adultos, assim preparados, optam pela vida, jamais pelo aborto, ainda que surpreendidos por uma gravidez não planejada. Os pais, por outro lado, devem acompanhar de perto as atividades dos filhos, apoiando-os com amor e fraternidade, em qualquer situação desafiante, desta ou de outra natureza. As adolescentes grávidas, amparadas pelos pais e familiares, não abortam, aprendendo, por maiores que sejam, com os percalços e as dificuldades que surgem na sua existência.


VIDA



Não digas, coração, que a vida é triste,

Porque a vida é grandeza permanente

E a Natureza, em tudo, é um cântico de glória,

Desde o sol à semente.

Mágoas? Dizes que as mágoas lembram trevas,

Que nem de longe sabes entendê-las...

Contempla o céu noturno, revelando

Avalanches de estrelas.

Asseveras que os sonhos são feridas,

Quais picadas de espinhos agressores...

Fita o verde das árvores podadas,

Recobertas de flores.

Nos dias de aflição, ante a força das provas,

Recorda, na amargura que te oprime,

Que a ostra faz nascer do próprio seio em chaga

A pérola sublime.

Assim também, nas trilhas da existência,

Se choras sem apoio e caminhas sem paz,

Não te queixes do mundo... Serve, ama,

Espera e vencerás.

A vida!... Toda vida é luz eterna,

Escalando amplidões e buscando apogeus...

E a presença da dor, em qualquer parte,

É uma bênção de Deus.

Fonte: XAVIER, Francisco C. Antologia da espiritualidade. 5. ed. Rio de Janeiro:

FEB, 2002. Cap. 1, p. 11-12.

Maria Dolores


Uma visão

médico-espírita

sobre o aborto

Aborto, sim e não

LUIZ CLÁUDIO DE PINHO

Perfeitamente compreensível em países como o Brasil, envoltos em paixões variadas, sobretudo as de caráter religioso, vermos teses e posturas apaixonadas referentes ao assunto – aborto. No entanto, do ponto de vista científico e espírita, é perfeitamente cabível o aborto quando se encontra em risco de morte a gestante. A isto, nos reportamos à resposta categórica registrada por Allan Kardec, na questão 359 de O Livro dos Espíritos. No oposto, seja por conta de um estupro ocorrido, de um abandono paterno, receio dos familiares, etc. o aborto deve ser evitado. Há riscos variados, não apenas para a saúde física materna, por conta de hemorragias, sentimentos de culpa com distúrbios do comportamento, mas, sobretudo, por comprometimentos espirituais perante a violência perpetrada. Dentro da visão espiritista-cristã, que não concebe fanatismos e execrações a quem delinqüe, o embrião ou feto arrancado, da maneira como esclarecemos, pode levar o Espírito reencarnante a tornar-se um terrível perseguidor espiritual por conseqüência da rejeição recebida. Nestes termos, não apenas a mãe, mas todos que participaram direta ou indiretamente, seja na condição de práticos da

morte ou de financiadores desta, adquirem uma dívida de graves conseqüências que só poderá ser saldada através de “adoções- reajustes”, seja material ou espiritualmente falando. Apenas o arrependimento, sem o pagamento da dívida, não recupera a área lesada. Tampouco, acusar aqueles que erram contribui para uma tomada de consciência. Ademais, asseverou Pedro, 4:8: “[...] o amor cobre a multidão de pecados” e quem nunca errou, nesta ou em outras vidas, continue a atirar a primeira pedra.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Por que as pessoas

usam drogas

Os motivos são vários: curiosidade, insegurança, tédio, medo, timidez, frustrações, insatisfações, auto-afirmação, fuga de problemas, crença de que as drogas aumentam a criatividade, pressão de grupo, etc. A lista é longa. Do ponto de vista histórico, o uso de drogas era associado a aspectos religiosos, culturais, medicinais, místicos e até como forma de buscar a transcendência espiritual, pela alteração do estado de consciência. Tratava-se, porém, de consumo restrito a grupos fechados, diferentemente do caráter disseminador da atualidade. A conhecida professora de farmacologia da Escola de Medicina do Alabama, Estados Unidos, doutora Gesina Longenecker, analisa que o indivíduo que alimenta o vício dos semelhantes é outro fator de extrema relevância no uso de substâncias psicoativas: “o processo da descoberta e distribuição começou a partir de homens comuns que se especializaram no assunto das drogas, alcançando posições de poder e influência ao usar e guardar o seu conhecimento: tornaram-se curandeiros, padres e políticos. Tais poderes garantiram-lhes uma elevada posição social”.1 Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o uso de drogas é fenômeno de ocorrência mundial, um preocupante problema de saúde pública, cuja gravidade varia de região para região, mas afeta praticamente todas as nações do Planeta: 75% dos países enfrentam problemas com o consumo da droga. Em termos mundiais, as projeções estatísticas indicam que cerca de 200 milhões de pessoas – algo em torno de 5% da população entre 15 e 64 anos – usam drogas ilícitas pelo menos uma vez por ano; metade deles usa drogas regularmente uma vez por mês. Recente relatório da ONU, o de setembro do corrente ano, informa que 4% da população mundial, situada na faixa etária de 15-64 anos, usa cannabis (maconha), enquanto 1% é usuário de estimulantes do grupo das anfetaminas, da cocaína e dos opiáceos. O uso de heroína é também grave problema mundial.2 Compreende-se que não sucumbir às tentações, presentes no mundo atual, é tarefa de grande envergadura.Um desafio que afeta, em especial, os indivíduos que não tiveram boa formação moral ou os adolescentes, que se encontram numa fase de fácil influenciação. A Doutrina Espírita esclarece, porém, que Deus permite as tentações com o objetivo de desenvolver a razão e preservar o homem dos excessos.3 Estudo realizado por docentes da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, em 2006, em que foram entrevistados 568 adolescentes do ensino médio com a finalidade de identificar os motivos que levam o jovem ao primeiro contato com a droga, conclui: “Verificou-se que a curiosidade foi o motivo principal apontado para o uso de drogas pela primeira vez e que os responsáveis pelo início do consumo dessas substâncias pelos adolescentes foram os amigos”.4 Os dados apresentados na publicação oferecem importantes subsídios para o planejamento de estratégias preventivas no controle do consumo de drogas na adolescência, cujas conclusões contestam as idéias de senso comum, que associam o uso de substâncias psicoativas à pobreza, a “lares desfeitos” e às “más companhias”. O controle social eficiente do problema, segundo posição unânime de especialistas e estudiosos, tem como base: a) suprir a população de informações corretas sobre as drogas, seus mecanismos de ação, efeitos no organismo e formas de prevenção; b) estabelecer parcerias sociais que, efetivamente, desenvolvam trabalhos de prevenção ao vício e/ou de recuperação do viciado. Nesta situação, o trabalho desenvolvido nas casas espíritas, junto às crianças, jovens e adultos, por ser de caráter orientador e humanitário, ocupa posição de relevância na sociedade. Os motivos aqui apresentados, relativos aos “porquês” do uso de drogas estão todos subordinados à imperfeição humana. Imperfeição que prioriza uma vivência hedonista, onde a busca pelo prazer é equivocadamente considerada o bem supremo. A propósito, avalia Joanna de Ângelis: O […] homem moderno deixou- se engolfar pela comodidade e prazer, deparando, inesperadamente, o vazio interior que lhe resulta amargas decepções, após as secundárias conquistas externas. Acostumado às sensações fortes, passou a experimentar dificuldades para adaptar-se às sutilezas da percepção psíquica, do que resultariam aquisições relevantes promotoras da plenitude íntima e realização transcendente.5 Não desconhecemos, contudo, a existência de inúmeras criaturas que renascem em ambientes viciosos e que não se deixam arrastar pelo vício; ou de tantas outras que experimentam drogas e as rejeitam. O que faz essas pessoas serem diferentes das demais? A resposta pode ser resumida nestas duas ordens de idéias: tendências instintivas e educação familiar. As tendências que marcam a personalidade do ser humano encontram em Allan Kardec as seguintes explicações: Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. [...] se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar- -se toda a sua atenção,porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará.As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações.6 A orientação familiar que valoriza a educação moral, educação “que consiste na arte de formar caracteres [...]”7 previne os muitos males, criando obstáculos à curiosidade, tão comum nos jovens, de experimentar substâncias psicoativas. Da mesma forma, o adulto que edificou o caráter em bases sólidas, da moral e da ética, dificilmente faz uso de drogas, ainda que se encontre sob o peso das provações e dos testemunhos. Isto nos faz recordar Emmanuel, que nos exorta coragem perante as tentações que nos assaltam a existência: Vigiai na luta comum. Permanecei firmes na fé, ante a tempestade. Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis. Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.8

Referências:

1LONGENECKER, Gesina. Como agem as drogas – abuso das drogas e o corpo humano. Tradução de Dinah Kleve. São Paulo: Quark Books, 1998. Cap. 1, p. 5.

2Organização das Nações Unidas (ONU).

Programa de prevenção às drogas e HIV/ /AIDS. Brasília: Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC). Setembro de 2007.

3KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução

de Guillon Ribeiro. 89. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Questões 712 e 712-a.

4PRATTA, Elisângela Maria Machado; SANTOS,

Manoel Antonio. Levantamento dos motivos e dos responsáveis pelo primeiro contato de adolescentes do ensino médio com substâncias psicoativas. Revista Electrónica de Salud Mental, Alcohol y Drogas. Universidad Autónoma del Estado de México, año 2, n. 2, 2006.

5FRANCO, Divaldo P. Após a tempestade...

Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador:

LEAL, 1974. Cap. 8, p. 49.

6KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 126. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 5, item 11, p. 114.

7______. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 89. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Questão 685-a. 8XAVIER, Francisco C. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 34. ed. Rio de Janeiro:

FEB, 2006. Cap. 90, p. 233.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Evangelho no Lar

E S D E


6º Congresso Espírita Mundial em Valença na Espanha

O 6º Congresso Espírita Mundial agendado para acontecer de 10 a 12 de outubro de 2010, no Centro de Convenções Feira de Valença, já possui página na internet.
No endereço, é possível obter alguns detalhes sobre este evento que discorrerá sobre o tema: Somos Espíritos Imortais, e é promovido pelo Conselho Espírita Internacional (CEI) em parceria com a Federação Espírita Espanhola.
Por enquanto, a página pode ser acessada apenas em espanhol, mas em futuro próximo estará disponível também em português, inglês, alemão, francês, italiano e esperanto.
Quem quiser conferir, o endereço é www.consejoespirita.com/6cem.

PARA ENTENDER ESPIRITISMO VOÇÊ PRECISA ESTUDAR

domingo, 10 de janeiro de 2010

CENTENÁRIO


Centenário de Chico Xavier tem início em Pedro Leopoldo
A abertura das comemorações do Centenário de Chico Xavier ocorre nos dias 1o e 2 de janeiro, na sua terra natal, Pedro Leopoldo. O presidente da FEB, Nestor João Masotti, faz palestra no evento que conta ainda com atuação do presidente da União Espírita Mineira, Marival Veloso de Matos. As atividades se desenvolvem no Centro Espírita Luiz Gonzaga, que teve Chico Xavier como um dos fundadores. Estão programadas várias ações durante o ano de 2010, dentro do Projeto Centenário de Chico Xavier, aprovado pelo Conselho Federativo Nacional da FEB. Entre estas, o 3o Congresso Espírita Brasileiro, programado para Brasília, nos dias 16, 17 e 18 de abril. Várias Ent idades Federativas Estaduais planejaram ações sobre a efeméride, desde o mês de janeiro. Informações: www.100anoschicoxavier.com.br; www.febnet.org.br; www.uemmg.org.br

SEMINÁRIO EM SANTA LUZIA




A Federação Espírita Paraibana promoveu, nos dias 21 e 22 de novembro o Encontro Intermunicipal de seus Trabalhadores onde contaram com a presença de representantes de diversos municípios do interior da Paraíba, além da fraterna participação de trabalhadores do interior do Rio Grande do Norte e de Pernambuco. O evento realizado sobre o tema “Centro Espírita: Finalidades e Atividades”, insere-se no “Projeto Interiorização” da Secretaria-Geral do CFN da FEB e ocorreu no Fórum da bela cidade de Santa Luzia/PB com a atuação de Edmar Cabral da Silva Júnior e José Luiz Dias da Silva, membros da equipe da Secretaria-Geral do CFN da FEB.

Informações: cfn@febnet.org.br

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

CLONAGEM


Clonagem o procedimento técnico de produção de células ou indivíduos geneticamente idênticos. A clonagem pode ser natural (in vivo) ou artificial (in vitro). O produto da clonagem é chamado clone. A clonagem natural, ou partenogênese, é de ocorrência na natureza, a artificial é produzida por intervenção humana. São exemplos de clonagem natural: a replicação de micróbios; a renovação celular usual dos tecidos vegetais, animais e humanos; a reprodução de certos insetos, como os afídeos (pulgões); a produção de gêmeos univitelinos (da mesma placenta). A clonagem artificial adquiriu publicidade a partir de 1997 quando um grupo de pesquisadores escoceses, do Rosling Institut, declarou que conseguiu clonar uma ovelha a partir de uma célula mamária adulta, utilizando técnicas de engenharia genética. O clone produzido foi c h a m a d o “Dolly”. A reprodução assexual é a forma empregada na clonagem artificial, procedimento que contraria, em princípio, o processo evolutivo de reprodução nos animais superiores, inclusive no homem. Nestes a reprodução natural é de natureza sexual, isto é, as células germinais ou gametas (espermatozóides e óvulos) se unem e formam o ovo ou zigoto ujo desenvolvimento produzirá o embrião e o feto, respectivamente. A reprodução sexual é uma conquista biológica evolutiva que garante, em cada geração de uma espécie, seja possível manifestar novas combinações gênicas aos descendentes. As células não germinais, as somáticas, não possuem capacidade de gerar novos indivíduos. Trata-se de uma competência biológica exclusiva dos gametas. A clonagem artificial humana é classificada em duas modalidades: reprodutiva e terapêutica. A “[...] primeira faz cópia de gente e a outra produz embriões com a finalidade de retirar deles as células- tronco que serão empregadas na cura de doenças”,1 afirma Marlene Nobre. Na clonagem reprodutiva um óvulo sem núcleo é unido ao núcleo de uma célula somática de um doador. Importa considerar que o núcleo de qualquer célula possui o material genético ou DNA (deoxyribonucleic acid) que, por sua vez, contém todos os genes que caracterizam o indivíduo. A fusão do óvulo anucleado com o núcleo de uma célula somática origina o blastocisto, estrutura biológica que ao ser inoculado no útero pode gerar um clone. No segundo tipo (clonagem terapêutica) o blastocisto formado é inoculado em meios de cultura apropriados para produzir células que se diferenciarão em tecidos humanos (ósseo,muscular, digestivo, etc.). Veja a ilustração abaixo. Os comitês científicos internacionais têm enfatizado pesquisas científicas referentes à clonagem terapêutica, sob a alegação de que a produção de tecidos beneficiaria a regeneração de órgãos lesados. A questão da clonagem, mesmo em se tratando da terapêutica, merece ser conduzida com mais ponderação e seriedade. Deve passar pelo crivo de análises mais apuradas em que se considerem as implicações éticas, sobretudo porque há interesses financeiros envolvidos que representam uma forma de controle econômico. Deve-se considerar, também, que a clonagem ainda é uma técnica “[...] ineficiente, com índice altíssimo de insucesso”.1 Os clones produzidos apresentam aberrações e defeitos, verdadeiros atentados à vida, aos costumes e à moralidade. Os legítimos avanços tecnológicos e científicos não devem ignorar os valores definidos pela bioética e pela moral. Nesse sentido, Emmanuel lembra que: “Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação. O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição”. 2 Analisando essa problemática de perto, consideramos oportuníssima esta orientação do Espírito Vianna de Carvalho: “É indispensável, portanto, que seja levantada uma ética para a genética, uma bioética, para estabelecer limites e cercear a oportunidade de desenvolverem-se sonhos macabros, tornando o ser humano cobaia para experimentos dantescos, a pretexto de se construírem seres superiores geneticamente organizados, adiando sine die o momento da morte real e interferindo-se na estrutura dos genes e cromossomos, diante de fetos que apresentam anomalias detectáveis, como se as mesmas procedessem do corpo e não do Espírito. [...] Quando a Ciência, através dos seus nobres investigadores, assenhorear-se da realidade do Espírito, compreenderá a necessidade de ser estabelecido um código de preservação da vida, desse modo, uma bioética fundamentada no respeito e na dignidade da criatura humana”.3

Referências:

1NOBRE, Marlene. A alma da matéria. São

Paulo: FÉ. p. 110.

2XAVIER, Francisco Cândido. O consolador.

Pelo Espírito Emmanuel. 25. ed. Rio

de Janeiro: FEB, 2004. Questão 302,

p. 177.

3FRANCO, Divaldo Pereira. Atualidade do

pensamento espírita. Pelo Espírito Vianna

de Carvalho. Salvador: LEAL, 1999. Cap. 2,

questão 39, p.53-54.


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