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Allan Kardec

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O OBSCURANTISMO VENCERÁ A BATALHA MAS A VIDA VENCERÁ AO FINAL



Nunca fui e nem serei pessimista mas, ante o que está montado, creio que a proposta de legalizar o aborto de anencéfalos desde que os pais o desejem, será aprovada. Isso não quer dizer que desistirei do que venho travando aqui nesse espaço como em minhas viagens pelo Brasil. A indústria ideológica da morte, obscurantista e dolorosa, pode ganhar essa batalha ( a tendencia é essa ) mas a vida vencerá sempre. Ninguem foge do funcionamento da Grande Lei. Claro que seria melhor que não nos comprometêssemos dessa maneira, no entanto...

Li argumentos profundamento equivocados sobre o tema da anencefalia por parte de leitores comuns, apoiando o aborto porque, dizem eles, a mulher não deve ser condenada a carregar um feto sem vida. Ora, demonstram que desconhecem o problema. O feto tem vida. O que não se sabe é se viverá minutos, horas, dias, meses ou anos. E há exemplos de todos esses casos. Só que não se encontra isso na mídia, enfatizando os casos de relação afetivo entre os pais e o filho anencéfalo, relação esta, em algumas situações, que já duram dois anos. Não há interesse de se mostrar a afetividade e a possibilidade de se verificar a vida sendo exercida, inclusive, com todas as nuances de uma relação maternal, paternal, filial. Mas isso destruiria muitos dos argumentos dos defensores da legalização

Tenho colocado aqui que há uma estratégia delineada e ela é poderosa pois conta com o apoio de forças políticas que comandam, ao ponto de ministras da republica falarem abertamente da necessidade de se legalizar o aborto, sempre com os argumentos dos direitos da mulher e do problema de saúde pública. Fico, então, imaginando, se seria necessário legalizar o aborto por causa da saúde publica se tivéssemos creches para apoiar as mães socialmente carentes; se tivéssemos um sistema de saúde digno; se existisse apoio psicológico para os pais na saúde publica; se a educação nesse país fosse decente e as pessoas mais fragilizadas socialmente recebessem oportunidades de não ficarem dependentes perpetuamente dos governantes de plantão... sim, se o problema é de saúde pública, por que não oferecer condições para que as futuras mamães possam sentir-se seguras para ter seus filhos, ao invés de apoiar a morte dos fetos ? Por que não se evitar os corredores dos hospitais abarrotados de pessoas desprezadas pelo sitema de saúde, morrendo sem atendimento ? será que chegará ao ponto de se legalizar o assalto porque o assaltante tem filhos passando fome em casa ? E se tivéssemos um projeto SÉRIO de orientação à sexualidade para os jovens, destacando os fatores como responsabilidade e consequencia, uma verdadeira educação sexual, e não, simplesmente a distribuição de preservativos, como se isso fosse política publica e não simples incentivo à prática sexual sem noção das suas implicações perante à vida? O preservativo é conquista social para se evitar doenças sexualmente transmissíveis e, até, gravidez não programada. Infelizmente, essa feição e importância do preservativo perde força e tornou-se simplesmente um instrumento para que se tenha sexo à vontade. Será que estou sendo claro ? Coloco assim para que não apareça alguem dizendo que sou contra os preservativos, etc, o que não é verdade.

Bom, oremos para que nosso Supremo Judiciario tome a decisão voltada para a vida, embora o clima montado para uma decisão em favor do aborto. Voltarei ao tema após o resultado.


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