Nunca fui e nem serei pessimista mas, ante
o que está montado, creio que a proposta de legalizar o aborto de anencéfalos
desde que os pais o desejem, será aprovada. Isso não quer dizer que desistirei
do que venho travando aqui nesse espaço como em minhas viagens pelo Brasil. A
indústria ideológica da morte, obscurantista e dolorosa, pode ganhar essa
batalha ( a tendencia é essa ) mas a vida vencerá sempre. Ninguem foge do
funcionamento da Grande Lei. Claro que seria melhor que não nos comprometêssemos
dessa maneira, no entanto...
Li argumentos profundamento equivocados
sobre o tema da anencefalia por parte de leitores comuns, apoiando o aborto
porque, dizem eles, a mulher não deve ser condenada a carregar um feto sem vida.
Ora, demonstram que desconhecem o problema. O feto tem vida. O que não se sabe é
se viverá minutos, horas, dias, meses ou anos. E há exemplos de todos esses
casos. Só que não se encontra isso na mídia, enfatizando os casos de relação
afetivo entre os pais e o filho anencéfalo, relação esta, em algumas situações,
que já duram dois anos. Não há interesse de se mostrar a afetividade e a
possibilidade de se verificar a vida sendo exercida, inclusive, com todas as
nuances de uma relação maternal, paternal, filial. Mas isso destruiria muitos
dos argumentos dos defensores da legalização
Tenho colocado aqui que há uma estratégia
delineada e ela é poderosa pois conta com o apoio de forças políticas que
comandam, ao ponto de ministras da republica falarem abertamente da necessidade
de se legalizar o aborto, sempre com os argumentos dos direitos da mulher e do
problema de saúde pública. Fico, então, imaginando, se seria necessário
legalizar o aborto por causa da saúde publica se tivéssemos creches para apoiar
as mães socialmente carentes; se tivéssemos um sistema de saúde digno; se
existisse apoio psicológico para os pais na saúde publica; se a educação nesse
país fosse decente e as pessoas mais fragilizadas socialmente recebessem
oportunidades de não ficarem dependentes perpetuamente dos governantes de
plantão... sim, se o problema é de saúde pública, por que não oferecer condições
para que as futuras mamães possam sentir-se seguras para ter seus filhos, ao
invés de apoiar a morte dos fetos ? Por que não se evitar os corredores dos
hospitais abarrotados de pessoas desprezadas pelo sitema de saúde, morrendo sem
atendimento ? será que chegará ao ponto de se legalizar o assalto porque o
assaltante tem filhos passando fome em casa ? E se tivéssemos um projeto SÉRIO
de orientação à sexualidade para os jovens, destacando os fatores como
responsabilidade e consequencia, uma verdadeira educação sexual, e não,
simplesmente a distribuição de preservativos, como se isso fosse política
publica e não simples incentivo à prática sexual sem noção das suas implicações
perante à vida? O preservativo é conquista social para se evitar doenças
sexualmente transmissíveis e, até, gravidez não programada. Infelizmente, essa
feição e importância do preservativo perde força e tornou-se simplesmente um
instrumento para que se tenha sexo à vontade. Será que estou sendo claro ?
Coloco assim para que não apareça alguem dizendo que sou contra os
preservativos, etc, o que não é verdade.
Bom, oremos para que nosso Supremo
Judiciario tome a decisão voltada para a vida, embora o clima montado para uma
decisão em favor do aborto. Voltarei ao tema após o resultado.