Joanna de Ângelis, mentora do autor e orador espírita Divaldo Franco, tem nos alertado sobre as possibilidades trazidas pela prática do amor. De fato, o amor traz perspectivas que vão além das nossas possibilidades de entendimento, este é capaz de trazer ao equilíbrio consciencial um ser alvejado pela culpa extrema, como Judas. O amor reconstrói um passado de erros, mesmo os cometidos em nome de Deus, prejudicando e aniquilando muitos; vide João Batista, trazendo à tona os erros da reencarnação, como Elias. O amor é ainda capaz de conduzir os mais cruéis tiranos a condição de santos respeitáveis, tal como o caso trazido pelo espírito Humberto de Campos, informando-nos de que Herodes, o Grande, o tirano capaz do infanticídio por conta do apego ao poder, tombou perante as força do amor, habitando, mais tarde, o corpo de São Vicente de Paula. O amor cedo ou tarde, torna-se irresistível.
Em exemplo mais próximo, o amor aplicado em forma de dedicação e conhecimentos diversos pelos trabalhadores da mediunidade, encarnados e desencarnados, é capaz de mudar caminhos, resolver querelas seculares, reconduzir almas perdidas nos eixos do ódio, dor, desespero e medo à retomada do caminho espiritual. É o amor na assistência dos diversos filhos pródigos.
Entretanto, a citada mentora, nos informa que ainda não conseguimos colocar o sentimento por excelência em patamar único; ainda precisamos criar as subdivisões do amor. Por isso criamos, por exemplo, o amor fraternal, paternal, o amor esponsalício etc. Ainda não atingirmos a maturidade do amor uníssono. Esta ainda é a nossa condição. Entretanto, dentre os “amores” existentes na Terra, Joanna é categórica ao destacar o amor de mãe como o mais sublime. Considerando as palavras da mentora, talvez o “milagre” da maternidade não seja apenas aquele que conduz o filho à vida corpórea. O amor mencionado, se bem aplicado, certamente será o amparo na operação de outros “milagres” morais.
Os exemplos são fartos; retornando aos casos de relato mediúnico, são incontáveis os casos nos quais filhos, teimosos e renitentes no mal, agarram-se à oportunidade apresentada após caírem nos braços da genitora. Por essa intensidade energética do mais puro sentimento é que o aborto doloso, no qual a matriz não encontra-se em perigo de vida, se torna atitude tão repudiada, sendo tratado como infanticídio confesso. Na minha opinião, os espíritos que experimentaram o ato abortivo constituem os atendimentos mediúnicos de natureza mais difícil. Certa feita, um espírito que transitava entre o desespero e a decepção relatou, através da fala do médium:
- Eu só queria nascer... Não cobrava-lhe o amor nem o desvelo, mas precisava nascer, pois tenho os meus débitos a ressarcir.
Naturalmente que a espiritualidade encaminharia o irmão a breve e nova experiência. Algumas mães, exceções, ao meu modo de ver, não desenvolveram, ainda, a capacidade de amar. Contudo, segue o exemplo para reflexão acerca do ato abortivo doloso e do valor de cada dia de vida.
Porém existe o outro lado da moeda. Determinada noite de trabalho, um espírito, desencarnado aos 2 dias de vida, deu um emocionado depoimento. Este havera sido vitimado por uma anencefalia. Apenas para entendermos melhor o caso, a lei de causa e efeito conecta a maioria dos casos de anencefalia ao mal uso da inteligência, bem como ao suicídio:
- Vim dos mais profundos abismos, vivi sob atmosferas infernais por longos períodos, corroído pelo fogo do ódio e desfigurado pela sede de vingança. Afogado em pensamento de destruição e revolta. Certo dia, quando as chamas dos meus pensamentos mais hediondos me tomavam os objetivos, senti leve torpor, atirando-me ao sono, algo que me parecia impossível.
Continua após breve pausa:
- Vi-me em verdadeiro ato de “operação”, se assim posso descrever, meu corpo estava imantando-se, conectando-se a de jovem senhora, que reconheci como minha futura mãe. O conhecimento da reencarnação compulsória encheu-me de mais ódio, levando-me ao torpor e ao sono irresistível. Tinha lapsos de lucidez, o ódio ainda corroía-me os poros no corpo em desenvolvimento; entretanto força adversa se apresentava: era o amor de minha mãe. A jovem senhora trazia para mim grandes espectativas amorosas, “jorrando” o mais tenro sentimento. Percebi, então, o meu corpo espiritual totalmente desfigurado, resultado da minha inobservância e revolta.
O relato continua, revelando a inteligência da providencia divina e a lei de amor que rege o universo.
- Após certo tempo de gestação, a jovem senhora pela qual já nutria simpatia, sem, contudo, esquecer de meus objetivos odiosos, recebeu a notícia da minha impossibilidade de viver, devido ao diagnóstico de uma anencefalia, tendo o médico, prontificado-se a praticar o aborto, se a mesma concordasse, pois não valeria a pena carregar no ventre, por meses, um filho que viveria horas. A revolta tomava, novamente, as entranhas do meu ser, blasfemei como nunca, debatia-me com todas as forças. Imaginava ser a crueldade divina a tomar-me mais uma vez algo que passara a amar. Como resultado da minha revolta, fui novamente adormecido. Acordei tempos depois, para a minha surpresa, mais conectado do que nunca a minha futura mãezinha. A mesma havia decidido por não abortar-me, seguindo com a gestação até o final, com o intuito de viver comigo as poucas horas de vida, de guardar a lembrança do beijo e do abraço. Era o que eu necessitava! O ódio converteu-se em arrependimento e desejo de retomada do meu caminho, pelo puro e simples gesto do amor materno. Hoje sei que devido ao estado do meu corpo espiritual não teria condições de reencarnar sem a fase intermediária de uma gestação sem sucesso; meus erros me conduziram a tal cenário. Entretanto não foi o choque anímico o resultante principal da minha retomada na seara do Cristo, e sim o sentimento do amor de mãe.
O emocionante relato nos traz o “milagre” do amor, através da maternidade, possibilitando a retomada de um irmão em dificuldade pungente.
Infelizmente, os grandes exemplos de amor, em especial o materno, se apresentam diante do sofrimento. Maria foi o grande exemplo a traduzir as dificuldades em fé e trabalho, apesar da dor acerba de ver o filho amado sofrer a crueldade extrema, vítima da violência humana.
Quantas hoje, não dividem tal lancinante dor ao ver o filho no calvário das drogas? Entretanto, apesar do sofrimento, não descansam e muito menos desistem da difícil empreitada libertadora. A missão é difícil se analisarmos o ponto de vista espiritual, pois os processos obsessivos decorrentes da viciação são ferrenhos; além disso a vontade do usuário em livrar-se do infeliz vício é fundamental. Contudo, se o objetivo não alcançar-lhe as fibras do espírito enquanto encarnado, certamente o fará no plano espiritual, onde cedo ou tarde, o arrependimento nos alcança, por vezes, nos braços maternos.
Retornemos ao exemplo de Maria, a qual igualmente experimentou a dor de perder um filho. A solidão que aperta o coração, os dias que não passam, a vida vazia e sem cores. A essas mães, alcançadas pela dura provação da separação precoce dos rebentos, por mais difícil que seja, devem encontrar o refúgio das dores no exemplo de Maria, ao fazer-se mãe de muitos outros. A humanidade necessita de muitas mães. Não falo propriamente da adoção, apesar de ser nobre ação, porém o amor farto e sufocado no coração materno precisa ser canalizado; para isso existem as obras assistenciais onde trafegam crianças nas mais tenras idades e ávidas por instantes de atenção e amor, carentes de uma singela história. O amor precisa ser posto em prática, multiplicado. Não faltam dores e lágrimas neste mundo e, certamente, a ação da caridade trará o alívio, apesar do profundo sofrimento da perda do filho, pois a prática do amor sempre asserena o coração.
Muitos seriam os relatos, físicos e mediúnicos, onde a presença materna resgata do mais profundo fosso das dificuldades humanas, irmãos atascados nos piores valores morais, chafurdados na viciação. Muitos chamam tal tarefa de “milagre”; Joanna de Ângelis chama apenas de amor, o mais sublime, puro e abundante amor que se tem presente na humanidade: o amor de mãe.
Em exemplo mais próximo, o amor aplicado em forma de dedicação e conhecimentos diversos pelos trabalhadores da mediunidade, encarnados e desencarnados, é capaz de mudar caminhos, resolver querelas seculares, reconduzir almas perdidas nos eixos do ódio, dor, desespero e medo à retomada do caminho espiritual. É o amor na assistência dos diversos filhos pródigos.
Entretanto, a citada mentora, nos informa que ainda não conseguimos colocar o sentimento por excelência em patamar único; ainda precisamos criar as subdivisões do amor. Por isso criamos, por exemplo, o amor fraternal, paternal, o amor esponsalício etc. Ainda não atingirmos a maturidade do amor uníssono. Esta ainda é a nossa condição. Entretanto, dentre os “amores” existentes na Terra, Joanna é categórica ao destacar o amor de mãe como o mais sublime. Considerando as palavras da mentora, talvez o “milagre” da maternidade não seja apenas aquele que conduz o filho à vida corpórea. O amor mencionado, se bem aplicado, certamente será o amparo na operação de outros “milagres” morais.
Os exemplos são fartos; retornando aos casos de relato mediúnico, são incontáveis os casos nos quais filhos, teimosos e renitentes no mal, agarram-se à oportunidade apresentada após caírem nos braços da genitora. Por essa intensidade energética do mais puro sentimento é que o aborto doloso, no qual a matriz não encontra-se em perigo de vida, se torna atitude tão repudiada, sendo tratado como infanticídio confesso. Na minha opinião, os espíritos que experimentaram o ato abortivo constituem os atendimentos mediúnicos de natureza mais difícil. Certa feita, um espírito que transitava entre o desespero e a decepção relatou, através da fala do médium:
- Eu só queria nascer... Não cobrava-lhe o amor nem o desvelo, mas precisava nascer, pois tenho os meus débitos a ressarcir.
Naturalmente que a espiritualidade encaminharia o irmão a breve e nova experiência. Algumas mães, exceções, ao meu modo de ver, não desenvolveram, ainda, a capacidade de amar. Contudo, segue o exemplo para reflexão acerca do ato abortivo doloso e do valor de cada dia de vida.
Porém existe o outro lado da moeda. Determinada noite de trabalho, um espírito, desencarnado aos 2 dias de vida, deu um emocionado depoimento. Este havera sido vitimado por uma anencefalia. Apenas para entendermos melhor o caso, a lei de causa e efeito conecta a maioria dos casos de anencefalia ao mal uso da inteligência, bem como ao suicídio:
- Vim dos mais profundos abismos, vivi sob atmosferas infernais por longos períodos, corroído pelo fogo do ódio e desfigurado pela sede de vingança. Afogado em pensamento de destruição e revolta. Certo dia, quando as chamas dos meus pensamentos mais hediondos me tomavam os objetivos, senti leve torpor, atirando-me ao sono, algo que me parecia impossível.
Continua após breve pausa:
- Vi-me em verdadeiro ato de “operação”, se assim posso descrever, meu corpo estava imantando-se, conectando-se a de jovem senhora, que reconheci como minha futura mãe. O conhecimento da reencarnação compulsória encheu-me de mais ódio, levando-me ao torpor e ao sono irresistível. Tinha lapsos de lucidez, o ódio ainda corroía-me os poros no corpo em desenvolvimento; entretanto força adversa se apresentava: era o amor de minha mãe. A jovem senhora trazia para mim grandes espectativas amorosas, “jorrando” o mais tenro sentimento. Percebi, então, o meu corpo espiritual totalmente desfigurado, resultado da minha inobservância e revolta.
O relato continua, revelando a inteligência da providencia divina e a lei de amor que rege o universo.
- Após certo tempo de gestação, a jovem senhora pela qual já nutria simpatia, sem, contudo, esquecer de meus objetivos odiosos, recebeu a notícia da minha impossibilidade de viver, devido ao diagnóstico de uma anencefalia, tendo o médico, prontificado-se a praticar o aborto, se a mesma concordasse, pois não valeria a pena carregar no ventre, por meses, um filho que viveria horas. A revolta tomava, novamente, as entranhas do meu ser, blasfemei como nunca, debatia-me com todas as forças. Imaginava ser a crueldade divina a tomar-me mais uma vez algo que passara a amar. Como resultado da minha revolta, fui novamente adormecido. Acordei tempos depois, para a minha surpresa, mais conectado do que nunca a minha futura mãezinha. A mesma havia decidido por não abortar-me, seguindo com a gestação até o final, com o intuito de viver comigo as poucas horas de vida, de guardar a lembrança do beijo e do abraço. Era o que eu necessitava! O ódio converteu-se em arrependimento e desejo de retomada do meu caminho, pelo puro e simples gesto do amor materno. Hoje sei que devido ao estado do meu corpo espiritual não teria condições de reencarnar sem a fase intermediária de uma gestação sem sucesso; meus erros me conduziram a tal cenário. Entretanto não foi o choque anímico o resultante principal da minha retomada na seara do Cristo, e sim o sentimento do amor de mãe.
O emocionante relato nos traz o “milagre” do amor, através da maternidade, possibilitando a retomada de um irmão em dificuldade pungente.
Infelizmente, os grandes exemplos de amor, em especial o materno, se apresentam diante do sofrimento. Maria foi o grande exemplo a traduzir as dificuldades em fé e trabalho, apesar da dor acerba de ver o filho amado sofrer a crueldade extrema, vítima da violência humana.
Quantas hoje, não dividem tal lancinante dor ao ver o filho no calvário das drogas? Entretanto, apesar do sofrimento, não descansam e muito menos desistem da difícil empreitada libertadora. A missão é difícil se analisarmos o ponto de vista espiritual, pois os processos obsessivos decorrentes da viciação são ferrenhos; além disso a vontade do usuário em livrar-se do infeliz vício é fundamental. Contudo, se o objetivo não alcançar-lhe as fibras do espírito enquanto encarnado, certamente o fará no plano espiritual, onde cedo ou tarde, o arrependimento nos alcança, por vezes, nos braços maternos.
Retornemos ao exemplo de Maria, a qual igualmente experimentou a dor de perder um filho. A solidão que aperta o coração, os dias que não passam, a vida vazia e sem cores. A essas mães, alcançadas pela dura provação da separação precoce dos rebentos, por mais difícil que seja, devem encontrar o refúgio das dores no exemplo de Maria, ao fazer-se mãe de muitos outros. A humanidade necessita de muitas mães. Não falo propriamente da adoção, apesar de ser nobre ação, porém o amor farto e sufocado no coração materno precisa ser canalizado; para isso existem as obras assistenciais onde trafegam crianças nas mais tenras idades e ávidas por instantes de atenção e amor, carentes de uma singela história. O amor precisa ser posto em prática, multiplicado. Não faltam dores e lágrimas neste mundo e, certamente, a ação da caridade trará o alívio, apesar do profundo sofrimento da perda do filho, pois a prática do amor sempre asserena o coração.
Muitos seriam os relatos, físicos e mediúnicos, onde a presença materna resgata do mais profundo fosso das dificuldades humanas, irmãos atascados nos piores valores morais, chafurdados na viciação. Muitos chamam tal tarefa de “milagre”; Joanna de Ângelis chama apenas de amor, o mais sublime, puro e abundante amor que se tem presente na humanidade: o amor de mãe.
FONTE:http://www.oclarim.org/site/